O deputado federal Walter Feldman (PSDB) confirmou nesta segunda-feira que irá participar nesta terça-feira (22) da reunião do Movimento Nova Política, liderado pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (sem partido), que será realizada na capital paulista. De acordo com o tucano, ele é o único membro do seu atual partido que está tomando parte nesse movimento, que pode transformar-se em uma nova legenda política. “Não existe (uma movimentação) dentro do PSDB de aproximação com esse movimento”, garantiu.

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Feldman afirmou que vem conversando com Marina Silva desde que anunciou sua saída do PSDB, no início de 2011, ocasião na qual acabou voltando atrás e permaneceu na legenda. Desta vez, no entanto, ele negou que já tenha tomado uma decisão sobre sair do PSDB. “Se eu já tivesse uma posição sobre a saída do partido, preferiria anunciar isso antes do que estar dentro (do partido) trabalhando”, argumentou.

Indagado sobre as especulações de que o ex-governador José Serra (PSDB) poderia estar buscando uma aproximação com o movimento de Marina Silva, Feldman negou. “O Serra não está participando. Eu estive com ele recentemente e ele me pediu para ter muita calma nessas decisões (de eventualmente deixar o partido)”, disse.

Segundo Feldman, o debate de amanhã deve focar a possibilidade de o movimento tornar-se uma legenda. “Nessa reunião se pretende avançar um pouco o debate sobre a existência ou não de um movimento suficiente para criar a nova legenda”, disse. Essa possibilidade, explicou, seria advinda de um suposto “esgotamento” do atual modelo político brasileiro. “Está para nascer um novo sistema, mas é uma condição complexa. (Esse movimento) aponta que tem um sentimento de mudança na sociedade, um sentimento de rejeição (à política atual)”, afirmou.

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As conversas que ele tem mantido com Marina, disse, são no sentido de captar essa insatisfação e buscar novos modelos. “Quando uma sociedade não aceita uma estrutura (política) como sua representante e os políticos como ativistas, tem algo profundamente errado que precisa mudar. O debate do movimento e os depoimentos da Marina têm ido nessa direção”, afirmou.