Feijó vai depor em CPI da corrupção no RS

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (DEM), confirmou que vai prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades praticadas por agentes públicos do Estado, a convite das bancadas de oposição ao governo de Yeda Crusius (PSDB), em 26 de outubro.

“Os democratas defendem investigações no governo federal e aqui; é nosso dever dar transparência à vida pública”, afirmou hoje, em entrevista coletiva, quando prometeu contar o que sabe e apresentar os documentos que tem no foro adequado, inclusive a CPI. “Eu tenho coisas a agregar e a colocar à disposição se me for perguntado”, ressaltou.

Golpe

Feijó também disse desconhecer qualquer articulação de golpe no Rio Grande do Sul. No sábado, Yeda desistiu de viajar aos Estados Unidos, quando já estava em São Paulo, e decidiu retornar ao Estado, alegando que, na sua ausência poderia ser vítima de uma tentativa de destituição.

O vice-governador lembrou que já assumiu o cargo por três vezes no ano passado limitando-se a cumprir a agenda preparada pela titular. Revelou também que avisou à Casa Civil que, se for exigência pessoal da titular, pode viajar para fora do País cada vez que a governadora se ausentar, para não assumir o cargo, desde que seja avisado a tempo.

Embora não soubesse da viagem de Yeda, Feijó estava no Uruguai no sábado e só voltou ao Estado ontem. “No meu entender, é uma paranoia usar o termo golpe”, ressaltou, para lembrar, ainda, que, se fosse o caso, uma decisão de afastamento da governadora só poderia ser tomada pela Assembleia ou pelo Judiciário.

O vice-governador avaliou, ainda, que falar em tentativa de golpe é tentar tirar o foco das investigações de corrupção em andamento no Estado.