O presidente nacional do PT, Rui Falcão, voltou a defender a presidente da Petrobras, Graça Foster, e disse que “não há nenhuma acusação envolvendo a presidenta da Petrobras”. “O que eu posso dizer é que ela e a direção da Petrobras têm tomado todas as medidas para investigar o que ocorreu lá e as denúncias”, afirmou, após participar de encontro da chapa majoritária do PT em São Paulo.

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Falcão afirmou que não tem conhecimento de nenhum comunicado feito a Graça com alertas de esquema de corrupção na estatal e que não acredita que a executiva tivesse conhecimento disso. “É pouco crível que ela, sendo alertada, não tenha tomado providência”, afirmou.

De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira, 12, pelo jornal Valor Econômico, Graça havia sido avisada de desvios de recursos da companhia em 2009, anos antes da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, deflagrada em março. Em resposta, a Petrobras divulgou nota oficial argumentando que comissão interna foi instaurada para apurar as denúncias.

Falcão reforçou que a postura de Graça tem sido apurar e lembrou que assim que ela assumiu o cargo, substituiu uma parte da diretoria. Ele destacou também que há duas auditorias externas investigando a empresa. “E agora criou uma diretoria de compliance”, disse.

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O presidente do PT classificou de “mais um factoide” o fato de membros da oposição pedirem a demissão de Graça da Petrobras. “A substituição de diretores de estatais, bancos e entidades públicas são atribuições dos conselhos e da presidente da República e a oposição está criando mais um factoide”, afirmou.

Falcão disse ainda que as investigações devem continuar, mas que é preciso encontrar uma fórmula que não prejudique os negócios da empresa. “As empresas acusadas de corrupção são grandes realizadoras de obras, fornecedoras da Petrobras, e é preciso que se encontre uma solução que não implique perdão, nem impunidade, mas para que a Petrobras e o país não parem”, disse. “Para que não haja desemprego em massa, precisa haver um ponto de encontro para que as empresas possam ser punidas mas o país não pare em função disso.”

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Vaccari

Falcão também fez uma defesa do tesoureiro do partido e disse que o não indiciamento de João Vaccari Neto no âmbito da Operação Lava Jato é comprovação de que houve tentativa de implicá-lo sem provas. Ele disse que há apenas “menção genérica” de que ele era o operador financeiro do PT. “Seria estranho que o operador financeiro do PT não fosse o tesoureiro”, ironizou.