Em reunião do diretório nacional em São Paulo, o presidente do PT, Rui Falcão, voltou a atacar o que classificou de campanha realizada por aqueles que dizem combater a corrupção, mas querem atingir o seu partido. Ao falar de combate à corrupção, Falcão afirmou que seu partido não terá dissensões no Conselho de Ética, no julgamento do caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado pela PGR como detentor de recursos ilegais na Suíça.

continua após a publicidade

“Não haverá dissensões do PT no Conselho de Ética no julgamento de Cunha”, disse Falcão, frisando que seu partido não pactua com quem pratica transgressões éticas. A afirmação de Falcão é uma resposta à divulgação de informações de que Cunha teria selado um acordo com o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva para “se livrar” da cassação no Conselho de Ética da Câmara e, em troca, não dar prosseguimento aos pedidos de impeachment – protocolados pela oposição – contra o mandato da presidente Dilma Rousseff.

No breve discurso no encontro que está sendo realizado nesta quinta-feira, 29, em Brasília, Falcão disse que foi a oposição quem fechou acordo com Cunha, para dar prosseguimento ao processo de impeachment. E destacou que aliança no parlamento é necessária, mas o mais importante é construir a governabilidade com a sociedade.

Ao iniciar o discurso, Falcão criticou também “os ataques contra Lula e sua família”. “É odioso o ataque que está sendo feito à família de Lula e ao ex-ministro Gilberto Carvalho, esta campanha de ódio não pode prosperar.”

continua após a publicidade

O dirigente petista falou ainda sobre as eleições municipais do ano que vem, destacando que seu partido estará unido e que sempre sai revigorado das batalhas e dos ataques que sofre. “Vamos deixar de pessimismo e passar esperança à população, temos o melhor projeto para o País.”