Executiva municipal discute convenção

A executiva municipal do PMDB esteve reunida ontem para tratar da convenção marcada para 26 de outubro, quando será definido se o partido terá ou não candidato próprio. Além dos nove membros, e do presidente municipal Doático Santos, estiveram presentes o secretário da Educação, Maurício Requião, e os cinco vereadores de Curitiba – Paulo Salamuni, Celso Torquato, Luiz Felipe Braga Cortes, Reinhold Stephanes Júnior e Éde Abib.

Durante seu discurso, após um longo período sem participar das reuniões da executiva, Maurício Requião defendeu sua posição em fazer uma aliança com o PT já no primeiro turno das eleições municipais. Segundo ele, dessa forma haverá uma chance maior de tirar o grupo do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) do poder. Ele lembrou ainda que apóia o nome do deputado estadual Ângelo Vanhoni porque ele estaria na frente do deputado federal Gustavo Fruet nas pesquisas já realizadas, e também porque os dois partidos unidos seriam mais fortes.

Consenso

Já Paulo Salamuni fez um contraponto aos argumentos do secretário. Para ele não há por que se basear em pesquisas neste momento. “Se fôssemos atrás delas o Roberto Requião não teria disputado nenhuma eleição, inclusive as últimas. Além disso a aliança da oposição está sendo feita em torno do nome do Vanhoni e não do partido. Por que não podemos fazer o contrário, defendendo a aliança em torno do nome do Gustavo?”, questionou o vereador.

Salamuni ainda acredita ser possível haver um consenso no PMDB. “Gostaria de que houvesse uma composição, mas se não for possível temos que optar pelo nosso partido. E se PT e PMDB passarem para o segundo turno é ótimo, porque desta forma o grupo do Cassio sai. Queremos um consenso, porque não convém uma disputa agora. Mas se houver, será um bate chapa entre o Maurício e o Gustavo.”

Aceito

A reunião serviu ainda para acabar com o mal-estar causado pelo pedido de impugnação de filiação feito por Salamuni contra Éde Abib, há uma semana. “O Abib fez o dever de casa, e retirou sua assinatura da comissão do caixa 2 do PMDB, do super sopa, da criminalidade, e do regime de urgência dos bingos. E também assinou a do caixa 2 do Taniguchi. Com isso apresentei na reunião da executiva a retirada do pedido de impugnação”, explicou.

Segundo Salamuni, líder do PMDB na Câmara Municipal e líder do bloco de oposição, as três CPIs propostas pela situação servem apenas para impedir que a do caixa 2 seja instalada. “A retirada da assinatura do Éde altera a proposição da CPI do PMDB, porque agora ela ficou com onze assinaturas, sendo que são necessárias doze. Se um outro vereador assinar, ela terá que voltar para o protocolo, no fim da fila”.

De acordo com o Salamuni o pedido de impugnação não foi pessoal, e sim baseado na coerência. “Não tenho medo de concorrer com ninguém. Se fosse isso eu iria impugnar todos os vereadores que vieram do PFL. No caso do Abib foi porque ele não falou com os vereadores do partido, e também porque tínhamos decidido que não iríamos trazer nenhum vereador”, disse. (Fabiane Prohmann)

Frente em articulação

Deputados estaduais do PMDB estão articulando a criação de uma frente em defesa de uma candidatura única dos partidos de oposição à sucessão do prefeito Cassio Taniguchi (PFL). A idéia é juntar num mesmo palanque o PMDB, PT, PPS, PDT, PL, PSL e PTB para enfrentar o candidato apoiado por Taniguchi.

Um dos líderes do movimento, o deputado estadual Nereu Moura (PMDB), disse que o prefeito de Curitiba “não está morto” e que se PMDB, PT e aliados não se unirem, correm o risco de perder uma eleição que se vislumbra, na avaliação do grupo, uma das mais favoráveis à vitória da oposição. “Desde que não haja divisão”, defendeu o deputado peemedebista.

Para Moura, se o PMDB e PT lançarem candidatos próprios à prefeitura vão acabar criando um segundo turno da eleição. “Se cada um lançar o seu candidato, vão acabar disputando quem vai para o segundo turno com o candidato do prefeito”, disse.

O deputado afirmou que formaliza na próxima segunda-feira o lançamento da Frente Parlamentar Suprapartidária em Defesa da Candidatura Ùnica da Oposição no Segundo Turno. Ele acredita que o movimento terá o apoio de pelo menos metade da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa.  (Elizabete Castro)

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