Ex-senador Maculan morre aos 89 anos

Foi sepultado ontem à tarde , no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, o ex-senador paranaense Nelson Maculan, que morreu aos 89 anos. Nelson Maculan nasceu em Santana da Parnaíba (SP) e veio para o Paraná em 1938, estabelecendo-se em Londrina, onde se destacou como um dos pioneiros e mais empenhados defensores do município.

Advogado, foi chefe do escritório do Instituto Brasileiro do Café – IBC- em Milão, na Itália, destacando-se pela competência e relevantes serviços prestados, o que o levou a presidência do IBC no período de 1963/1964, durante o governo de João Goulart. Lá realizou trabalho elogiado, completando a construção da rede de armazéns da autarquia que havia sido iniciada sob a presidência de Renato Costa Lima, no governo Juscelino Kubitschek. “Com medidas objetivas e inteligentes, a gestão Nelson Maculan possibilitou exportação de 18 milhões de sacas, em 1963, recorde absoluto até então”, lembra o ex-deputado Léo de Almeida Neves, seu correligionário na época.

Presidente estadual do PTB, Maculan iniciou a carreira política como vereador, foi deputado federal e senador, assumindo na vaga de Abilon de Souza Naves, morto em dezembro de 1959. No Senado, atuou de forma decisiva na elaboração do Estatuto da Terra.

Léo recorda que Nelson Maculan quase se elegeu governador do Paraná em 3 de outubro de 1960, concorrendo pelo PTB, com apoio do ex-governador Bento Munhoz da Rocha Neto e de figuras expressivas de dissidências da UDN e do PSD. Egresso da prefeitura de Curitiba, Ney Braga (PDC) elegeu-se com 253.552 votos. Maculam obteve 225.589 votos, apenas 26.663 menos do que o vitorioso.

Filiou-se ao antigo MDB, pelo qual se elegeu deputado federal em 1974, com 59.900 votos. Na eleição seguinte aceitou concorrer ao Senado, ao lado dos correligionários José Richa e Enéas Faria. Mas acabou desistindo antes da convenção. Continuou em atividade até recentemente como executivo de empresas do ramo cafeeiro.

Voltar ao topo