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Ex-secretários saem em defesa dos governos peemedebistas

O líder da bancada do PMDB, Caito Quintana, e o presidente estadual do PT, Enio Verri, saíram em defesa dos governos peemedebistas, que antecederam o atual governador Beto Richa (PSDB). Quintana disse que não é possível concordar com a imagem de “terra arrasada” apresentada pelos tucanos, que acusam os governos de Orlando Pessuti e Roberto Requião de ter deixado um déficit de R$ 4,5 bilhões nas contas do Estado.

Secretário do Planejamento do Paraná entre 2006 e 2010, Verri aponta como equívoco a inclusão no relatório de mais de R$ 1 bilhão em passivos trabalhistas e R$ 953 milhões de déficit de recursos como dívidas do Estado. “O governo indica como dívidas ações trabalhistas que ainda estão em discussão, estão no campo do debate jurídico, algumas delas inclusive vêm desde o tempo do governador José Richa. Já o chamado déficit de recursos são investimentos para manter os serviços públicos funcionando. É uma atividade naturalmente deficitária e o governador foi eleito exatamente para fazer a gestão destes recursos, não é dívida”, explicou.

Ex-secretário da Casa Civil no governo Requião, Quintana disse que as dívidas trabalhistas não estão circunscritas a um período, mas abrangem vários governos, incluindo o período do governo José Richa, pai do atual governador. “Só para ficar no período da revolução para cá, depois que se elegeu governadores, acredito que existam dívidas trabalhistas do tempo do pai do atual governador, do José Richa, que estão em discussão na Justiça”, informou o líder do PMDB.

Para Quintana, o novo governo tem o direito de criticar o que encontrou de errado no governo, mas não de criar situações. “Se houve contratações irregulares no período eleitoral, cobrem. Se houve concorrência fraudulenta, cobrem. Vão a fundo para esta cobrança, porque o que queremos é que o poder público seja cada vez mais decente e a nossa bancada não está aqui para acobertar equívocos do governo passado, mas nem tão pouco para aceitar acusações”, reagiu.

Já Verri identifica nos cálculos do governo uma estratégia eleitoral. “A tática que está sendo usada é acusar o governo anterior de má gestão, fazer acreditar que o Estado está falido e mostrar serviço no ano seguinte, que é ano eleitoral”, atacou. Verri disse que, no máximo, a dívida real do Paraná é de R$ 2, 5 bilhões.  “O Estado tem receita anual de 17 bilhões. Segundo dados apresentados para o primeiro bimestre, já temos um R$ 1 bilhão de superávit”, citou.

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