Ex-ministros podem tomar uma surra

Foto: Agência Senado

Amir Lando é um dos que tem desempenho pífio na campanha.

Ter na biografia o título de ex-ministro do governo Lula em nada tem ajudado o desempenho eleitoral de 11 ex-integrantes do primeiro escalão, que se candidataram a cargos majoritários nesta eleição. As dificuldades não atingem só petistas, mas também integrantes do PSB, do PMDB e do PC do B que passaram pela Esplanada dos Ministérios, todos agora candidatos a tomar uma dura surra nas urnas.

Apresentam desempenho eleitoral muito ruim os ex-ministros do PT Jaques Wagner (Relações Institucionais), que tenta o governo da Bahia; José Fritsch (Pesca), que disputa o governo de Santa Catarina; Olívio Dutra (Cidades), candidato ao governo do Rio Grande do Sul; Nilmário Miranda (Direitos Humanos), que concorre ao governo de Minas Gerais; e Humberto Costa (Saúde), candidato a governador de Pernambuco. Entre os ex-ministros de outros partidos aparecem com desempenho ruim os peemedebistas Amir Lando e Romero Jucá, ambos ex-ministros da Previdência que, respectivamente, lutam pelos governos de Rondônia e Roraima; e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), que também é candidato ao governo de Pernambuco. Ele e Humberto Costa, juntos, perderiam a eleição no segundo turno para Mendonça Filho, do PFL, de acordo com a pesquisa do Ibope divulgada sexta-feira passada.

A falta de votos dos ex-ministros de Lula atingiu até o agora adversário Cristovam Buarque, ministro da Educação, que disputa a Presidência da República pelo PDT. Apesar de ter o dobro do tempo da senadora Heloísa Helena (PSOL) na televisão e no rádio, Cristovam continua com 1% da preferência dos eleitores enquanto a candidata alagoana tem perto de 12%. Isso tem levado Cristovam se negar a falar em nomes para um eventual Ministério, por não ver ainda nenhuma justificativa para isso.

Dois ex-ministros de Lula disputam o Senado. Agnelo Queiroz (Esportes), do PC do B, no Distrito Federal; Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), do PT, no Rio Grande do Sul. Nem um nem outro têm hoje chances de vitória. Hoje, perderiam a eleição por uma grande diferença para Joaquim Roriz (PMDB) e Pedro Simon (PMDB). Em São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), ex-líder do governo no Senado, parece ter herdado a maldição dos ex-ministros. De senador mais votado do País em 2002, seria derrotado no primeiro turno, de acordo com as últimas pesquisas.

O curioso é que os ministros têm mau desempenho, apesar do favoritismo exibido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela reeleição. 

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