Os ex-diretores da Odebrecht Luiz Antonio, Luiz Antonio Mameri e Luiz Eduardo Rocha Soares deram sequência nesta terça-feira, 22, a depoimentos para a Justiça colombiana. Os executivos afirmam que a empreiteira pagou propina para realizar obras no país vizinho, entre elas o trecho 2 da Rota do Sol, projeto de rodovia para ligar a capital Bogotá à costa atlântica da Colômbia.

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A audiência foi viabilizada por videoconferência estabelecida entre o Ministério Público Federal de São Paulo e a Justiça Federal colombiana. Profissionais especializados fazem a tradução simultânea dos depoimentos e a força-tarefa da Lava Jato paulista foi destacada para fiscalizar os atos processuais da cooperação estabelecida entre as autoridades de ambos os países.

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Os depoimentos fazem parte do processo de instrução, onde os executivos respondem perguntas sobre os fatos investigados na Colômbia.

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Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República informou que os executivos pediram “perdão” para as autoridades colombianas e se comprometeram a colaborar com informações sobre os crimes de corrupção cometidos pela Odebrecht. Os ex-diretores também concordaram em pagar indenização de US$ 6,5 milhões como reparação por supostas propinas repassadas ao ex-vice-ministro de Transportes colombiano, Gabriel Garcia Morales, para concessão das obras da Rota do Sol.

A indenização – equivalente a 18 bilhões de pesos colombianos – será quitada pelos executivos brasileiros em três parcelas. O primeiro pagamento deve acontecer ainda em janeiro, o segundo em agosto deste ano e o terceiro até janeiro de 2020.