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| MacDonald (centro) e Danilovich (esquerda): interesse em ajudar. |
O embaixador norte-americano, John Danilovich, encerrou ontem uma inesperada visita de três dias a Foz do Iguaçu, ocasião em que se encontrou com o prefeito Paulo MacDonald Ghisi (PDT) e garantiu que os Estados Unidos estão interessados em colaborar com o desenvolvimento do município. A declaração passaria despercebida não fosse Foz do Iguaçu entrar no rol das preocupações norte-americanas com segurança, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
Nos dias e meses seguintes, por várias vezes, orgãos de segurança do governo americano e também jornais importantes daquele país, como o Washington Post, difundiram a idéia de que Foz do Iguaçu e a triplíce fronteira eram um "ninho de terroristas perigosos". O representante americano no Brasil, desta vez, acenou com mensagens mais pacíficas. Segundo o prefeito MacDonald, Danilovich prometeu ajuda ao município na geração de renda e no desenvolvimento da região.
"Ele colocou as universidades norte-americanas à disposição para nos ajudar", comemorou MacDonald. O embaixador esteve acompanhado do cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Patrick Duddy, e a visita aconteceu de surpresa. A iniciativa da visita foi do governo norte-americano. "Pela primeira vez eles não vieram falar de repressão, de problemas com o terrorismo e sim se colocar a disposição para nos auxiliar", afirmou o prefeito.
Segundo MacDonald, o embaixador se comprometeu a levar a Agenda 19 (compromisso de desenvolvimento e geração de emprego firmado pelo municípios de Foz e Ciudad del Este) para ser analisada pelo governo norte-americano. A agenda foi criada no final do ano passado, quando paraguaios fecharam a Ponte da Amizade devido ao aumento da fiscalização por parte da Receita Federal brasileira. Um dos dezenove itens da agenda pede o aumento da cota de aquisição de mercadorias estrangeiras por turistas de US$ 150 para US$ 500. "O embaixador me pareceu um homem preparado, de postura firme e que realmente vai nos ajudar", disse MacDonald.
Conforme dados do município, é necessária a geração de 40 mil empregos para resolver o problema dos desempregados e daqueles que vivem na informalidade.



