Os protestos organizados por estudantes contra a prefeita de Natal Micarla de Sousa, do PV, no mundo virtual, através de redes sociais, principalmente o Twitter, ganhou os rumos de protestos presenciais. Há uma semana cerca de 100 estudantes acamparam no pátio da Câmara Municipal de Natal.

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O protesto tem todos os contornos de protesto político. Os estudantes invadiram a sede do legislativo pedindo para ser feito o impeachment da prefeita. Há uma semana que o legislativo da capital potiguar está parado, sem realizar sessão, devido ao acampamento dos estudantes. A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB-RN) tentou intermediar o conflito entre os manifestantes e os vereadores.

O protesto dos estudantes ganhou novos contornos com a extinção da Comissão Especial de Inquérito (CEI), ocorrida no último fim de semana, que havia sido instalada para investigar os aluguéis pagos pela prefeitura. O problema é que a CEI dos Aluguéis não passou da primeira reunião, já que a vereadora Sargento Regina (PDT), única representante da oposição na Comissão, retirou-se da CEI em protesto pelo fato de vereadores que apoiam a prefeita terem ficado com a indicação de presidente e relatoria da Comissão. O destino da CEI foi ser extinta pelo presidente da Câmara, vereador Edivan Martins (PV). Foi esse ato que acirrou os ânimos dos estudantes.

Agora o grupo exige, para deixar as instalações do legislativo, que uma nova CEI seja instalada e pede que o presidente da Câmara assine a garantia de que a bancada de oposição tenha a indicação do presidente ou do relator. Como Edivan Martins disse que as indicações são dos próprios membros da CEI, após instalada, os estudantes se mantêm no acampamento, que foi batizado por eles de “Primavera sem borboleta”, em referência ao fato de que a prefeita Micarla de Sousa, quando ainda estava em campanha, usou o símbolo da borboleta.

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