Depois de três horas de manifestação por melhores salários para professores e servidores e mais verbas para a educação, alunos de escolas técnicas e do colégio Dom Pedro II se dispersaram enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) participava da solenidade de abertura da XV Bienal Internacional do Livro, no Riocentro, na capital fluminense.

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Os alunos, que gritavam muitas palavras de ordem, não pouparam nem o escritor e cartunista Ziraldo, um dos convidados da solenidade. Vaiado e xingado pelos estudantes, Ziraldo reagiu: “Nunca estive contra vocês. Desde quando sou contra vocês?”, reagiu o cartunista.

Houve um ligeiro tumulto, depois de iniciada a cerimônia, e os estudantes, que foram mantidos a uma distância de 100 metros do auditório onde estava a presidente, deixaram o pavilhão cinco ao serem informados de que uma comissão de estudantes, professores e pais de alunos, foi recebida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

Em discurso, a presidente Dilma anunciou o lançamento do programa de livros populares. Com investimento de R$ 36 milhões do Fundo Nacional de Cultura, o projeto pretende viabilizar a venda de livros a R$ 10 para leitores de baixa renda.

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Mais cedo hoje, um ruidoso grupo de cerca de 250 estudantes do ensino médio e de cursos técnicos esperava a presidente na entrada do pavilhão do Riocentro. Com cartazes e bandeiras, os alunos protestaram e gritaram palavras de ordem por mais recursos na educação. “Ei, Dil-má, cadê a educação?”, “Estudantes na rua, Haddad a culpa é sua”, diziam algumas faixas abertas pelos manifestantes na entrada do pavilhão cinco.