O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que há necessidade de esclarecimentos sobre os fatos relacionado ao relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um assessor de Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro -, deputado estadual (PSL-RJ) e eleito para o Senado. “Esses fatos têm de ser esclarecidos”, disse Moro em Brasília.

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“O presidente já prestou alguns esclarecimentos. Têm outras pessoas que precisam prestar seus esclarecimentos. Os fatos, se não forem esclarecidos, têm de ser apurados”, afirmou o futuro ministro do governo Bolsonaro.

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Moro disse, no entanto, que não tem “esse papel” de comentar ou de interferir em casos específicos.

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“O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos”, afirmou.

“Vou colocar uma coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado”, disse.

Moro também defendeu a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o foro privilegiado. Segundo ele, a proposta está em discussão no Congresso nesta semana.

A informação de que um relatório do Coaf implicou o policial militar Fabricio Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro, foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo quinta-feira passada. O jornal informou também o repasse de R$ 24 mil à conta da esposa de Bolsonaro, Michelle.