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Empresa da mulher de ex-corregedor comprou 10 imóveis em um mês

A empresa da mulher do ex-corregedor da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Marcos Vinícius Vannucchi gastou R$ 6,5 milhões em imóveis em apenas um ano. Ele foi preso nesta quinta-feira, 6, em ação do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos (Gedec). Ele é acusado de cobrar propina do Magazine Luiza e de fiscais.

Levantamento feito pela reportagem junto ao cartório de Itatiba, no interior de São Paulo, aponta que, somente em 2016, a GMHS Empreendimentos, em nome de Olinda Alves do Amaral Vannucchi, comprou 10 imóveis somente em novembro daquele ano. Somente um deles, onde ficava um imenso parque industrial, custou R$ 5,7 milhões.

As investigações apontam que Vannucchi é suspeito de cobrar propina de fiscais que eram investigados pela Corregedoria. O ex-corregedor foi afastado do cargo no dia 31 de maio, mas já era investigado pelo Gedec desde março.

Vannuchi foi capturado em Itatiba, na casa da “ex-mulher”. Foram cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão com apoio da Receita.

A Justiça sequestrou bens do ex-corregedor. O Gedec afirma que Vannuchi se separou da mulher e passou todo patrimônio para ela.

Segundo os promotores, a separação do casal era uma fraude para que ele pudesse “se livrar” do patrimônio ilícito. As investigações criminais prosseguem para apurar o esquema de corrupção e de lavagem de dinheiro.

Defesas

A reportagem está tentando localizar todos os citados. O espaço está aberto para manifestação.

Por meio de sua Assessoria de Comunicação, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo informou:

“Em atenção à notícia publicada em seu blog ‘Ex-corregedor da Fazenda de São Paulo é preso por cobrar propinas de fiscais’, a Secretaria da Fazenda e Planejamento informa que desde 1.º de junho deste ano Marcus Vannucchi não exerce mais a função de Corregedor Geral da CORFISP.”

“Os fatos noticiados nesta manhã serão objeto de procedimento de apuração administrativa, independentemente das investigações realizadas pelas autoridades policiais e pelo Ministério Público.”

“A Secretaria da Fazenda e Planejamento reitera que não compactua com condutas ilícitas por parte de seus servidores e mantém rigor na apuração das mesmas, e quando comprovadas, adota medidas punitivas rigorosas previstas em lei para situações da espécie.”

“Esclarece também que irá colaborar com as investigações, e como de costume, permanece à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.”

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