Em PE, Monteiro aposta em Dilma para chegar ao 2º turno

O candidato ao governo do Estado de Pernambuco Armando Monteiro (PTB) aposta nesta reta final no “casamento” de votos com os da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Pesquisa Ibope divulgada nessa quarta-feira, 1º, mostra que a petista tem 43% das intenções de voto contra 36% de Marina Silva (PSB) entre os eleitores de Pernambuco na disputa pela Presidência da República. Aécio Neves (PSDB) tem 4%.

“A estratégia é cada vez fazer mais a vinculação com Dilma, que se dá neste momento e só se fecha no final do processo da campanha. Ela está muito bem no interior. Acho que vamos reduzir muito essa vantagem, que no momento os adversários têm na metropolitana”, afirmou Monteiro após participar de comício no Bairro San Martin, evento no qual esteve acompanhado do candidato a vice Paulo Rubem Santiago (PDT), do candidato ao Senado João Paulo (PT) e do senador Humberto Costa (PT-PE).

Ao longo da carreata, pedidos de votos gravados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma eram anunciados por um carro de som. Monteiro vai usar o último dia de comício, estabelecido pela Lei Eleitoral, para percorrer cidades como Salgueiro e Petrolina, onde Dilma desponta como favorita.

Líder com folga nas pesquisas no começo da campanha, o candidato também falou sobre o impacto causado pela morte do ex-governador Eduardo Campos, ocorrida no último dia 13 de agosto, na campanha em Pernambuco. “Eu diria que foi importantíssimo para que o candidato Paulo Câmara fosse alçado para essa posição de liderança nas pesquisas. Não há outra forma de explicar”, ressaltou.

“Mas temos informações seguras nas pesquisas qualitativas que isso se decanta fortemente e que agora se questiona as reais condições do candidato que foi escolhido por ele. Todos reconhecem a dimensão do Eduardo, mas há muitas dúvidas sobre o perfil do candidato escolhido e sobre a capacidade que e ele possa ter de liderar Pernambuco nesse novo ciclo que se abre”, acrescentou.

No Estado, onde a maioria dos adversários históricos se aliou nesta última eleição ao PSB, Monteiro afirmou que, se não vencer a disputa estadual, fará oposição ao governo. “Claro que sim, se essa hipótese acontece, coisa que não acredito, estaríamos sim porque é fundamental que exista oposição.