Atrito

Eduardo Campos diz que apoiará Dilma, mas diz que PSB não é submisso

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, reforçou na noite de ontem (09) que o seu partido (PSB) é um aliado do governo Dilma Rousseff e garantiu que as divergências que se intensificaram nos últimos dias entre PSB e PT estão restritas ao plano municipal.

“A presidente tem muito claro que o PSB é um aliado de primeira hora, é um aliado correto, que traz um conteúdo positivo por seu governo. Nosso objetivo é ajudá-la [Dilma] a fazer um grande mandato, poder ser candidata em 2014, com apoio do PSB e nós não vamos trazer para o plano nacional as divergências de um município aqui, outro acolá”, afirmou o governador após participar de encontro com Dilma no Palácio da Alvorada.

Também participaram do jantar: o governador Cid Gomes (CE), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (comunicações). Apesar de se declarar um aliado do governo federal, o governador voltou a dizer que o partido não aceitará “submissão”, nem ser tratado como satélite.

Em relação à disputa em cidades onde os dois partidos serão adversários políticos, Eduardo Campos respondeu: “O povo é que vai resolver isso, no voto”. “Nós [PSB] somos companheiros, somos parte do processo. Agora, somos um partido, ou seja temos identidade, nós nunca tivemos nenhuma relação de submissão com nenhuma liderança nesse país”, afirmou Campos.

Lula

Sobre a possibilidade de o ex-presidente Lula fazer campanha a candidatos do PT, que possam ser adversários do PSB — como em Belo Horizonte –, o governador Eduardo Campos afirmou: “A gente não pode transformar o Lula em um instrumento de brigas políticas passageiras”.

Para o governador, é um equívoco falar em um cenário de disputa entre PT e PSB. “É um erro, é um equivoco político ficar jogando partidos que a vida inteira estiveram juntos”, explicou.