De olho na reforma ministerial, os partidos da base aliada entraram numa corrida para tentar mostrar quem é o mais fiel ao Palácio do Planalto nas votações essenciais para o governo. A taxa de adesismo da base pôde ser medida nas votações, principalmente na Câmara, da emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até dezembro de 2015. Além do PT, cinco partidos (PMDB, PSB, PSD, PC do B e PSC) passaram com louvor na prova de fogo da fidelidade ao Planalto.

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A disputa se acirrou com a entrada em campo do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Apesar de o prefeito paulistano garantir que o partido é independente, a aposta na base aliada é que o PSD tenta se cacifar para ganhar uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Recém-criado, o partido mostrou ao que veio nas votações do primeiro e segundo turnos, na Câmara, da prorrogação da DRU.

Projeto essencial para o governo, a DRU ganhou a totalidade dos votos dos deputados presentes do PSD às duas sessões. “Votamos a favor para dar uma tranquilidade ao governo nesse cenário nebuloso. Não votamos em cima de barganha política e sim porque é um projeto emblemático para o governo”, diz o líder do PSD na Câmara, deputado Guilherme Campos (SP).

Corrida

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Com uma bancada de 50 deputados, os pessedistas se dizem independentes, mas não param de dar demonstrações de alta fidelidade ao Planalto. Junto com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PSD tornou-se um contraponto à força do PMDB. PSB e PSD unidos somam uma bancada de cerca de 80 deputados, não deixando o governo tão refém dos peemedebistas.

Mesmo sem dar 100% dos votos, o PR e o PP não perdem tempo em alardear sua fidelidade ao governo. “O PP tem ficado ao lado do governo. Tem tido uma postura de correção com o governo Dilma Rousseff”, afirma o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB). Outro que entrou na corrida da fidelidade é o PR. Primeiro partido a ser defenestrado na faxina promovida pela presidente Dilma, o PR luta agora para recuperar o prestígio perdido com a saída do titular dos Transportes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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