Disputa pela Mesa da AL tem novo foco de tensão

Encerrada a polêmica sobre o candidato que vai disputar a 1.º Secretaria na eleição para a nova Mesa Executiva da Assembléia Legislativa – o deputado Nereu Moura (PMDB) é o nome de consenso para o cargo- um novo impasse está atrasando o término das negociações entre os partidos. Os três principais partidos de oposição ao governo Roberto Requião (PMDB) -PTB, PDT e PFL – querem ficar com a 2.ª Secretaria.

Anteontem, o deputado Valdir Rossoni (PTB) desistiu de disputar a 1.ª Secretaria em favor de Moura, e se colocou como candidato “natural” à 2.ª Secretaria. Mas na reunião de ontem entre os partidos, lideranças do PDT e do PFL confirmaram a disposição de brigar pela vaga. “Não temos nada contra nenhum deputado, mas queremos que haja o cumprimento do acordo estabelecido previamente. Ou seja: que a 2.ª Secretaria fique com o PDT. Não existe candidato natural à vaga”, disse o líder da bancada pedetista na Assembléia, deputado Augustinho Zucchi.

Fundamental

Segundo o deputado, a composição é fundamental para acomodar todos os partidos com assento na Casa, mas não pode significar o desrespeito aos acordos já definidos. “A nossa bancada fechou posição e decidiu reivindicar a 2.ª Secretaria. Também conversamos com lideranças do bloco de apoio ao governo e acertamos essa questão. Agora, vamos tentar fazer com que prevaleça o entendimento e o consenso”, disse Zucchi, que disputa a indicação com os deputados José Maria Ferreira, Neivo Beraldin e Vanderlei Iensen. Os deputados Renato Gaúcho e Barbosa Neto não estão no páreo pela vaga.

No caso do PFL, a indicação é disputada principalmente pelo futuro líder do partido na Assembléia, deputado Durval Amaral, que não foi encontrado ontem para comentar a polêmica. A posição, porém, não é consensual. O deputado estadual eleito Rafael Greca considerou desnecessário um enfrentamento do PFL com o PMDB e PT por causa da indicação. “Se há possibilidade de haver uma chapa de consenso, é justo que o novo governo, que venceu as eleições, defina os cargos da Mesa”, comentou.

1.ª vice

A 1.ª Vice-Presidência é outro cargo ainda indefinido. Já está acertado que a vaga será entregue ao PT. O problema é que o próprio partido ainda não definiu quem ocupará o posto. O favorito é o deputado estadual eleito Natalio Stica, que disputa a indicação com Hermes Fonseca. Mas a escolha está condicionada à aceitação de Fonseca para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa, que também está sendo pleiteada pelo PT. “Nós ainda não concluímos a discussão, mas ela avançou bastante. Vamos definir isso até o dia 25. E houve um consenso de que a Luciana (a deputada Luciana Rafagnin) continue como líder do partido na Assembléia”, disse Stica.

O líder do PMDB na Assembléia, deputado Nereu Moura, disse que o governo quer definir logo a 2.ª Secretaria para decidir a participação dos demais partidos nos outros cargos da Mesa, que tem um total de nove integrantes (além do presidente e dos três vices, a Mesa ainda é formada por cinco secretários). “Nós queremos abrir espaço para todos os partidos que têm representação na Casa. Queremos uma Mesa eclética e reprensentativa”, disse. As definições serão concluídas até o próximo dia 28.

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