Mais de quarenta presidentes de diretórios municipais do PDT das principais cidades do Paraná, subscreveram manifesto em que defendem três alternativas e providências como “preliminares à liberação das convenções partidárias” no Estado. O manifesto, encabeçado pelo presidente do PDT de Coronel Vivida, Valmor Stédile pede a redefinição dos rumos do PDT estadual, como resultado de amplo debate com as base sobre as posições e o comportamento do partido e de suas direções em relação aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Roberto Requião (PMDB)
Postula garantia de diálogo com seus senadores na presença do presidente nacional da legenda, Leonel Brizola, ou de outro dirigente nacional, assegurando uma nova direção partidária, isenta e sem interferências de governos ou de outros interesses alheios, para chegar ao consenso interno e encaminhar o calendário das convenções a ser definido pela direção nacional.
E reivindica, “em nome da unidade partidária”, que Nelton Friedrich lidere a chapa que será apresentada na convenção estadual e que sua composição “expresse os fundamentos deste manifesto e que tenha reais condições de desenvolver os objetivos programáticos e estatutários do PDT”.
Para fundamentar o manifesto, os dirigentes pedetistas condenam “as pressões
descabidas e inaceitáveis veiculadas em órgãos de imprensa, por expoentes adeptos da tese de convenções imediatas, alegando que poderão migrar para outras siglas partidárias caso suas intenções não sejam acolhidas pela direção nacional”. E consideram “que tais procedimentos contrariam princípios éticos constantes no Estatuto do PDT, além de não refletirem, em absoluto, a essência do pensamento das bases pedetistas paranaenses, que, aliás, não foram consultadas a este respeito e se sentem excluídas do processo de decisões”.
A movimentação dos presidentes municipais do PDT conta também com o apoio de membros do diretório nacional do partido, recém-eleitos como representantes do Paraná.