Em um grande comício ao lado do seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite desta segunda-feira, 29, que “eleição é hora de parar, pensar e ir pra rua disputar voto”. “É hora de a onça beber água e a gente vai botar os pingos nos is”, disse.

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Dilma afirmou ainda que foi eleita para dar continuidade às conquistas de Lula. Dilma pediu “humildemente” o voto do de cada um dos presentes e empenho à militância. “Neste domingo, uma parte do destino do nosso pais vai estar em questão”, disse.

A presidente afirmou ainda que “quem não defende as conquistas não consegue seguir em frente” e disse ter a certeza de que “diante das urnas” vai pesar toda a história desses 12 anos do governo petista. “A gente conquistou uma coisa e aí a gente tem a partir dali de conquistar mais ainda”, afirmou.

Assim como Lula, que discursou antes dela, Dilma não citou os adversários diretos na disputa pelo Planalto e fez apenas críticas indiretas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao dizer que muitas das bandeiras do governo estadual “são mentiras”, já que todas têm recursos federais. “Metrô, monotrilho e rodoanel foram feitos com o nosso dinheiro, várias obras foram feitas com recurso federal”, disse.

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Ela disse ainda que é preciso eleger “a parceria” entre ela, o candidato a governador Alexandre Padilha (PT) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), candidato à reeleição, para “dar continuidade a todas as realizações e tudo que conquistamos”.

Comunidade LGBT

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Dilma recebeu antes de participar de um comício em Campo Limpo, zona sul de São Paulo, cerca de 20 representantes da comunidade LGBT. Dilma recebeu uma coroa de flores e foi parabenizada pelo seu discurso de combate a homofobia na semana passada na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em nova York.

A presidente recebeu ainda de das mãos de Eleonora Pereira, mãe de Ricardo Pereira, assassinado por homofobia no Recife em 2010, a bandeira gay que o filho dela usou na campanha passada da petista e uma camisa do Instituto Ricardo Pereira, de Pernambuco, que reúne mães que perderam filhos por violência motivada pela homofobia.

Participaram da conversa representantes dos seguintes movimentos: Arte Gay Jovem, Juventude Trans, duas redes de lésbicas (Articulação Brasileira de Lésbicas, ABL, e Liga Brasileira de Lésbicas, LBL), Rede Afro LGBT, Unegro LGBT, Movimento Negro Unificado (também é LGBT) e Associação Brasileira de Gays Lésbica e Trans (ABGLT).

Mais cedo, durante coletiva em São Paulo, Dilma voltou a defender a criminalização da homofobia. “Eu, tanto publicamente quanto pessoalmente, sou contra a homofobia e acho que o Brasil atingiu um patamar de civilidade no qual todos nós não podemos conviver com processos de discriminação que levem à violência”, disse.