Divulgação/ABr
Presidente argumentou que, apesar de ser presidente de todos os brasileiros, tem de se preocupar com os que sofrem mais.

O povo brasileiro deveria se orgulhar das manifestações que tomaram as ruas do País nas últimas semanas, declarou a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta-feira (04), em Salvador.

continua após a publicidade

Ela ressaltou a importância dos protestos e comparou as demandas brasileiras com as da Primavera Árabe, Europa e dos Estados Unidos. “Quando vemos as manifestações que ocorrem e levaram o nome de Primavera Árabe, vemos que estava se lutando contra ditaduras e pela democracia.”

A presidente afirmou ainda que, como chefe de um Estado democrático, ouviu claramente o que as vozes das ruas queriam dizer. Lembrou de seu tempo de militante, quando lutou pela liberdade de expressão. “Nós lutamos pela redemocratização de nosso País e sabemos que não é isso que está em questão. Não há divisões religiosas ou étnicas.”

Diferente do que, segundo a presidente, acontece na Europa e nos EUA, aqui não se protesta por perda de direitos. “Não ocorre hoje aqui o que ocorre na Europa ou nos Estados Unidos. Perda de direito, de salário, aposentadoria ou redução real de salários”, disse a presidente, afirmando que se no Brasil se luta por mais direitos. “Nos últimos dez anos, nós ampliamos e olhamos para o que é mais importante num compromisso político, olhamos para os que mais precisam.”

continua após a publicidade

Dilma argumentou que, apesar de ser presidente de todos os brasileiros, tem de se preocupar com os que sofrem mais e justificou assim o Plano Safra Semiárido, lançado nesta tarde na capital baiana.

“Não é necessária a indústria da seca, nem o sofrimento ou aquela situação de quase miséria que por muitos anos essa população passou. Não são necessárias e aceitáveis migalhas de políticos.

continua após a publicidade

Dilma deveria ter ido à Bahia no mês passado para apresentar o plano, mas a viagem foi adiada pela eclosão dos protestos. Para o evento, um forte esquema de segurança foi montado em Salvador, impedindo que manifestantes se aproximem do centro de convenções onde autoridades estão reunidas.