Após empatar nas pesquisas com Marina Silva (PSB), a presidente e candidata à reeleição Dilma Roussef (PT) afirmou nesta terça-feira que 90 entidades, incluindo movimentos sociais, OAB, CNBB, e centrais sindicais, estão se mobilizando para que até o dia 7 de setembro apresentem um projeto para reforma política.

continua após a publicidade

Dilma assegurou ainda que pretende convocar um plebiscito para tratar da questão, assim como prometeu após as manifestações de junho do ano passado. “A participação popular é fundamental. Sem ela não será possível fazer reforma política”, disse durante entrevista coletiva, em São Bernardo, no ABC paulista, onde fará uma caminhada.

Dilma disse que o Brasil precisa de “uma reforma política ampla e democrática, por meio de uma consulta popular”, para que o País assegure os interesses na população do povo brasileira. Dilma disse ainda que é preciso de um processo democrático que garanta governabilidade. “Não acredito de jeito nenhum que a vontade de uma pessoa mude as estruturas políticas”, afirmou.

Ela também evitou comentar se sua postura favorável a criminalização da homofobia teria cunho eleitoral, após recuo do programa de sua adversária Marina Silva (PSB). “Não há porque o Brasil não ter (projeto de criminalização). Não tem nada a ver com a questão religiosa” disse.

continua após a publicidade

Segundo Dilma, é preciso reprimir e criminalizar qualquer ato que não seja civilizado. “Não está relacionada a crença religiosa ou opção partidária. É uma questão que eu acredito que seja do estado. Não é uma questão de governo”, reforçou. A presidente afirmou ainda que não se pode construir “uma das maiores democracias do mundo” sem respeitar direitos humanos e civis. “Como não existe no mundo democracia sem partido político”, afirmou.