Em entrevista concedida após o encerramento da sessão fechada que ouviu o presidente da Câmara Municipal de Curitiba João Cláudio Derosso (PSDB), o presidente do Conselho de Ética da Casa, Francisco Garcez (PSDB) disse que Derosso confirmou que  sua mulher, Claudia Queiroz, era funcionária da Casa, quando a agência dela ganhou a licitação para os contratos de publicidade do Legislativo. Derosso disse, no entanto, que na época da licitação sequer conhecia Cláudia Queiroz, que estava casada com outra pessoa.

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Garcez contou que Derosso respondeu todas as questões que foram feitas sobre a licitação, os contratos, os aditivos, os valores gastos e, até, sobre sua relação com a jornalista Cláudia Queiroz. Segundo Garcez, Derosso disse que tudo foi feito dentro da legalidade, inclusive a contratação de agência pertencente a uma funcionária da Câmara que, segundo ele não está vedado pela lei Orgânica do Município.

“Na Lei Orgânica, que é de 1991, realmente não há esse impedimento. Mas a lei das licitações é posterior, de 1993 e proíbe essa prática. E essa lei federal se sobrepõe à Lei Orgânica”, argumentou a vereadora Professora Josete.

Sobre os aditivos, Derosso disse que eles não são ilegais, que foram feitos levando em consideração “o excelente serviço prestado pelas agências contratadas” e que um eventual rompimento dos contratos implicaria em prejuízos para a Câmara dos Vereadores.

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O Conselho de Ética marcou para esta quarta-feira mais uma reunião para discutir o assunto e prevê que o relatório deve ser divulgado no dia 1 de setembro.

Reunião

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A reunião com Derosso começou por volta das 17h45 com o objetivo de dar respostas aos questionamentos de “cunho pessoal” do Câmara. Por decisão do presidente do Conselho, além dos cinco membros efetivos, apenas a vereadora Professora Josete (PT) participaria da reunião.

“Fomos desconvidados da reunião. Depois de dizer que poderíamos participar, o presidente do Conselho (Francisco Garcez) voltou atrás e nos barrou. E agora, como vou ter resposta das minhas perguntas que o Derosso disse que responderia hoje?”, questionou o vereador Paulo Salamuni (PV), um dos suplentes que deu com a cara na porta, como Odilon Volkmann (PV) e Dirceu Moreira (PSL). 

O mais curioso foi que depois de quase uma hora de reunião, embora os suplentes do Conselho de Ética tivessem sido barrados, os vereadores Roberto Hinça (PDT) e Serginho do Posto (PSB), que não pertencem ao Conselho de Ética, foram vistos saindo da sala, da sessão secreta e somente para os membros do conselho, para ir ao banheiro. O primeiro é o corregedor da Câmara e o segundo é subcorregedor. “A Corregedoria está, desde o início desse trabalho, convocada, e não convidada, para acompanhar todas as reuniões e cumprir com sua função constitucional de receber, nos repassar e acompanhar o andamento das denúncias”, justificou Garcez.

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Garcez contou que Derosso respondeu todas as questões que foram feitas sobre a licitação, os contratos, os aditivos, os valores gastos e, até, sobre sua relação com a jornalista Cláudia Queiroz. Segundo Garcez, Derosso disse que tudo foi feito dentro da legalidade, inclusive a contratação de agência pertencente a uma funcionária da Câmara que, segundo ele não está vedado pela lei Orgânica do Município.

“Na Lei Orgânica, que é de 1991, realmente não há esse impedimento. Mas a lei das licitações é posterior, de 1993 e proíbe essa prática. E essa lei federal se sobrepõe à Lei Orgânica”, argumentou a vereadora Professora Josete.

Sobre os aditivos, Derosso disse que eles não são ilegais, que foram feitos levando em consideração “o excelente serviço prestado pelas agências contratadas” e que um eventual rompimento dos contratos implicaria em prejuízos para a Câmara dos Vereadores.

O Conselho de Ética marcou para esta quarta-feira mais uma reunião para discutir o assunto e prevê que o relatório deve ser divulgado no dia 1 de setembro.

Reunião

A reunião com Derosso começou por volta das 17h45 com o objetivo de dar respostas aos questionamentos de “cunho pessoal” do Câmara. Por decisão do presidente do Conselho, além dos cinco membros efetivos, apenas a vereadora Professora Josete (PT) participaria da reunião.

“Fomos desconvidados da reunião. Depois de dizer que poderíamos participar, o presidente do Conselho (Francisco Garcez) voltou atrás e nos barrou. E agora, como vou ter resposta das minhas perguntas que o Derosso disse que responderia hoje?”, questionou o vereador Paulo Salamuni (PV), um dos suplentes que deu com a cara na porta, como Odilon Volkmann (PV) e Dirceu Moreira (PSL). 

O mais curioso foi que depois de quase uma hora de reunião, embora os suplentes do Conselho de Ética tivessem sido barrados, os vereadores Roberto Hinça (PDT) e Serginho do Posto (PSB), que não pertencem ao Conselho de Ética, foram vistos saindo da sala, da sessão secreta e somente para os membros do conselho, para ir ao banheiro. O primeiro é o corregedor da Câmara e o segundo é subcorregedor. “A Corregedoria está, desde o início desse trabalho, convocada, e não convidada, para acompanhar todas as reuniões e cumprir com sua função constitucional de receber, nos repassar e acompanhar o andamento das denúncias”, justificou Garcez.