O deputado estadual Altair Moraes (Republicanos) propôs projeto de lei no qual visa proibir o uso da linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas em São Paulo, além dos editais de concursos públicos.

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A linguagem em questão propõe extinguir as terminações masculina (o) e a feminina (a) e adotar ‘e’ como neutro.

Moraes diz que elaborou a proposta depois que uma escola, no Rio de Janeiro, adotará o modelo e, ao avisar os pais, exemplificou com a expressão ‘querides alunes’.

Na justificativa do projeto, o parlamentar também afirma quem tem observado movimento nas redes sociais em prol da linguagem neutra.

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“Existe um movimento de minorias nas redes sociais, não vamos permitir que isso aconteça em São Paulo”, diz Moraes, que classifica a mudança afronta à língua portuguesa.

O deputado do Republicanos também é autor do projeto de lei, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), que estabelece que o sexo biológico seja o único critério para definir se um atleta deve competir na categoria feminina ou masculina.

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Se aprovada na Alesp e sancionada pelo governador João Doria (PSDB), determinará que mulheres trans só poderão competir entre homens, e homens trans, entre mulheres.

Para elaborar o texto, o parlamentar se baseou no caso Tifanny, 34, a primeira transexual a disputar a Superliga Feminina de vôlei. A atuação da jogadora no país é avalizada pela Confederação Brasileira de Vôlei, que segue os critérios do COI (Comitê Olímpico Internacional).

A deputada Erica Malunguinho (PSOL), primeira transgênero eleita para a Assembleia de São Paulo, lidera oposição ao projeto, e conta com o empenho de Tifanny, que tem comparecido as sessões na Alesp.