Delcídio abre processos contra Bittar

O presidente da CPMI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), entrou com duas representações contra o deputado Jorge Bittar (PT-RJ). Uma delas foi encaminhada ao Ministério Público e solicita a instauração de inquérito penal contra o deputado petista. A outra pede a abertura de processo pelo Conselho de Ética da Câmara por falta de decoro parlamentar. Na última sessão da CPMI dos Correios, na quarta-feira, Bittar agrediu verbalmente Delcídio: chamou de "judas" e "traidor", além de ter xingado o senador petista.

O relatório final da CPMI dos Correios foi aprovado por 17 votos a quatro debaixo de protestos dos parlamentares petistas. "Ele (Delcídio) quer me fazer passar por vilão. Mover uma representação ao Ministério Público e outra à Mesa da Câmara é um jogo de cena dele para tentar deixar de ser infrator e passar a vítima. Ele (Delcídio) está tentando ser malandro demais", afirmou ontem Bittar. "Não encostei um dedo nele (Delcídio). Sou um homem de paz", completou o petista. Ele disse que o senador Delcídio Amaral agiu de forma "truculenta" e "arbitrária" ao não dar a palavra a nenhum dos integrantes da CPMI nem permitir a votação e discussão de destaques ao relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Delcídio protocolou representação no Ministério Público por crime de ação penal contra Bittar sob a alegação de que o deputado tentou "abortar o resultado útil da sessão de votação do relatório final" da CPMI. No pedido, o presidente da CPMI dos Correios pediu a instauração de inquérito penal e posterior propositura de ação penal pública contra Bittar que, segundo a representação de Delcídio, tentou "abortar a sessão mediante graves ofensas difamatórias bradadas em rede nacional e ao vivo". 

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