Delazari promete rigor no combate à corrupção

Após cinco meses ocupando a função de secretário da Segurança Pública, o governador Roberto Requião (PMDB) empossa hoje pela manhã Luís Fernando Delazari no cargo. Promotor de Justiça, ele pediu afastamento do Ministério Público para assumir a secretaria.

Um dos pontos que será prioridade para o secretário é o combate ao policial corrupto. “O combate à corrupção policial vem sendo desenvolvido há muito tempo pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC). O objetivo principal da secretaria é reorganizar e readequar a boa Polícia Civil, que é uma das mais bem preparadas do Brasil. Policial corrupto não pode fazer parte da corporação”, frisou o novo secretário, durante entrevista coletiva, ontem.

Para ele, o trabalho conjunto entre as polícias é fundamental para o combate ao crime. “A integração delas é o caminho. Isso já vem acontecendo no Paraná.” No entanto, ele se colocou contra a unificação das polícias. “Não tem sentido a unificação das polícias, e sim a integração.” Delazari defendeu uma política austera de combate ao crime. “Temos restos a pagar da administração anterior. A idéia é resolver os problemas do passado e pensar no futuro”, salientou.

Alguns projetos iniciais já foram definidos e deverão ser implantados em breve. Entre eles está a determinação de que a Polícia Civil faça parte do Disque-Polícia, o 190. “Também temos o projeto do geoprocessamento de dados, um serviço de inteligência que fará o mapeamento dos dados de todas as regiões. Haverá também uma aproximação completa com a Polícia Federal e o Judiciário”, adiantou. “Há uma infinidade de operações conjuntas que poderão ser adotadas.”

No entanto, para que todos os projetos sejam adotados são necessários recursos expressivos. O orçamento da Secretaria da Segurança para este ano é de R$ 84 milhões. Delazari já adiantou que irá buscar recursos de fora para desenvolver seus projetos. “Teremos uma assessoria especial que irá trabalhar para buscar verbas. Já temos contatos com órgãos internacionais para conseguir dinheiro para implementação tecnológica e de material”, disse.

O secretário afirmou ainda que a falta de delegados nas comarcas deverá ser resolvido brevemente. “Pretendemos suprir essas faltas e também acabar com os delegados calças-curtas no Paraná, que são uma comprovação da ingerência política.” Quanto à adesão ao plano nacional de segurança pública proposto pelo governo federal, Delazari afirmou que ainda vai estudar se o Paraná irá aderir ou não. “Há uma afinidade absoluta entre a política de segurança do Paraná com a federal”, comentou. Delazari disse que irá seguir a mesma linha que Requião adotou nesses cinco meses.

“Vou implementar o que ele estabeleceu neste período em que esteve à frente da secretaria. Sei que será um trabalho árduo, porque há um descrédito reconhecido da sociedade nas instituições policiais. Mas pretendo fazer a reaproximação das polícias Civil e Militar com a sociedade, através de políticas de cunho social que irão garantir a tranqüilidade da população”, opinou.

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