Defesa de Custódio da Silva pede habeas corpus

A advogada do político, Márcia Sbaraini, está tentando impedir a transferência de Custódio da Silva para a Prisão Provisória do Ahú. De acordo com a família do ex-vereador, ele está em depressão e não pode ser transferido por problema de saúde. Custódio da Silva foi preso no final da tarde desta terça-feira. A prisão preventiva foi decretada pela 6a Vara Criminal na semana passada.

O político concorria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Paraná. Por ser candidato, ele não podia ser preso nos 15 dias antes e 48 horas depois das eleições.

Custódio da Silva responde a duas ações penais, por peculato, ou desvio de verba pública e concussão, que é uma forma de extorsão. De acordo com a Promotoria do Patrimônio Público, o ex-vereador teria desviado 1 milhão e 600 mil reais da Câmara Municipal de Curitiba, entre 93 e 2000. Segundo a denúncia, ele teria recebido o salário de funcionários-fantasma e embolsado parte do pagamento de funcionários do gabinete. Entre 20 e 30 pessoas foram envolvidas no esquema.

O político também é acusado de fraudar a prestação de contas da verba destinada a assistencialismo, que é de 1800 reais por mês para cada vereador. Mais de duas mil pessoas teriam assinado o recebimento de cestas básicas que numa foram distribuídas pelo Centro de Atendimento Comunitário São Jorge, que era do ex-vereador.

A ação contra Custódio da Silva ficou parada durante algum tempo porque ele tinha imunidade parlamentar. No ano passado, ele assumiu a vaga do deputado Nelson Justus, que virou Secretário de Estado dos Transportes. Durante a votação sobre a venda da Copel, Custódio da Silva declarou que votaria a favor do projeto de iniciativa popular que impedia a venda da estatal.

A posição, contrária à orientação do partido resultou na saída de Custódio da Silva da Assembléia e volta de Nelson Justus. A advogada do ex-vereador não pôde atender a imprensa. Ela fez uma cirurgia e só vai dar entrevistas nesta quinta-feira. (CBN)

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