O senador reeleito do Rio de Janeiro e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Marcelo Crivella (PRB), confirmou hoje que conversou com a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e seu comando de campanha, sobre o Projeto de Lei 122/2006 que propõe a criminalização da homofobia.

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Segundo o parlamentar, a questão era um problema do Congresso e não da Presidência da República. Crivella afirmou que ele e os religiosos reunidos com Dilma e seus aliados expuseram que o texto da proposição “criminaliza a Bíblia”.

“O PL 122 tem um artigo que criminaliza a Bíblia. A Bíblia diz que homossexualismo é pecado. Eu também acho. Isso, de acordo com a lei, passa a ser incitação ao ódio. Eu acho que não é. Acho que é um conselho que um pai tem direito a dar a um filho, que um pastor tem direito a dar a um membro de sua Igreja e um padre a um membro de sua paróquia”, argumentou o senador, ressaltando ser contrário a qualquer ato de violência ou preconceito contra homossexuais. “A ministra (Dilma) respondeu que este é um problema do Congresso, não do Executivo”.

Sem citar o nome do candidato à vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB), deputado federal Indio da Costa, que se manifestou contrário à aprovação de leis que garantam direitos civis a homossexuais, Crivella criticou o que chamou de uso do medo para incitação do eleitorado evangélico. No fim do primeiro turno a candidata do PT sofreu ataques por conta de sua posição em relação ao aborto e teria perdido apoio de parte considerável do eleitorado evangélico, o que na avaliação de especialistas foi determinante para a realização do segundo turno.

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