Na abertura do trabalho desta tarde de quarta-feira, 22, o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que o depoimento do doleiro Alberto Youssef ao colegiado será realizado na próxima quarta-feira, 29, após o segundo turno eleitoral. Vital também informou aos presentes da ausência do atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, que prestaria depoimento esta tarde.

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Vital leu aos presentes ofício da Petrobras recebido na manhã de segunda-feira, 20. A estatal encaminhou um ofício para a comissão em que afirmava que Cosenza não poderia comparecer. O gerente setorial de Relacionamento com o Poder Legislativo da Petrobras, Carlos Henrique Lopes Sampaio, informa que Cosenza “está impossibilitado” de comparecer à reunião das 14h30 por ter tido uma “intercorrência clínica” no início da noite de ontem.

Segundo o gerente da Petrobras, a intercorrência levou Cosenza a ser medicado e ficar afastado das suas atividades pelos próximos dois dias. A estatal informa que Cosenza se coloca à disposição para remarcar o depoimento para uma outra oportunidade. A reunião desta tarde é a última antes do segundo turno das eleições.

Na documentação remetida à CPI mista, a estatal anexou ainda o atestado médico assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro. No atestado, o médico não descreve o que o diretor da Petrobras teve. Cita apenas que o paciente teve “intercorrências clínicas” que determinaram o afastamento dele por 48 horas. Vital disse que ele teve uma “hipertensão arterial primária”.

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Na justificação do requerimento, o líder do PPS da Câmara, Rubens Bueno (PR), menciona uma reportagem da revista Época de maio deste ano na qual cita que o ex-diretor Paulo Roberto Costa, mesmo após deixar o cargo, em abril de 2012, continuou a manter relações com a estatal por intermédio do seu sucessor. A reportagem menciona que Costa e Consenza “despachavam sobre assuntos discutidos na cúpula da estatal”.

No momento, os parlamentares da oposição criticam a ausência de Cosenza. “Vamos chegar ao dia da eleição da forma como o PT queria, impedindo o avanço das investigações e clareza a respeito das graves denúncias envolvendo a Petrobras”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). O líder do PSDB da Câmara, Antonio Imbassahy, disse que Cosenza era o “homem da mais estreita” confiança de Paulo Roberto Costa. “Esse senhor (Cosenza) manteve inalteradas as decisões tomadas anteriormente”, completou.

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