A CPI do caso Derosso aprovou, nesta quarta-feira, o cronograma de oitivas das próximas reuniões. Pela ordem estabelecida o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB) deverá na primeira ou segunda semana de novembro.

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Antes dele, serão ouvidos o diretor administrativo da Câmara na época dos contratos, Relindo Schlegel e os proprietários das duas agências de comunicação contratadas pela Câmara: Visão Publicidade e Oficina da Notícia.

O depoimento de Schlegel foi marcado para a próxima segunda-feira, uma vez que quarta-feira, dia oficial das reuniões da CPI, será feriado nacional. Ao ex-diretor, os vereadores deverão perguntar sobre a gestão dos contratos, seus aditivos e sobre a responsabilidade do presidente da Casa na ordenação dos gastos com publicidade, entre outras questões.

Sem nenhum depoimento marcado, a reunião desta quarta-feira apresentou poucos avanços além de aprovar o cronograma, que já havia sido discutido em reunião administrativa na terça-feira, os vereadores discutiram sobre a tata da última reunião e aprovaram a alteração do horário das sessões, do período da manhã para o final da tarde. Agora, todas as reuniões da CPI serão às quartas-feiras, às 18h30. O pedido foi feito pelo vereador Tito Zeglin (PDT), para que a reunião da CPI não atrapalhe seu programa de rádio matutino.

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“Somos eleitos para sermos vereadores em tempo integral. Eu estou afastado, sem remuneração, do meu cargo de procurador, para estar na Câmara sempre que necessário. Essa CPI é o que de mais importante está acontecendo nesta Casa e não pode ter sua ordem alterada por questões pessoais”, protestou o vereador Paulo Salamuni (PV), que disse que, no final da tarde, as reuniões serão menos produtivas e menos transparentes, pois, apesar de aberta, atrairá menos participação popular.

O presidente da CPI, Emerson Prado (PSDB) disse que as deliberações de hoje, apesar de aprovadas ontem em reunião interna, precisavam ser feitas em uma reunião oficial e que, a partir de agora, com essas questões administrativas resolvidas e um cronograma estabelecido, espera que as reuniões passem a ser mais objetivas.

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“Já definimos até um cronograma de depoimentos. Mas ainda podemos, dependendo do que for dito nesses depoimentos, convocar novas pessoas”, comentou.