Após detalhar como o esquema de corrupção tinha beneficiado também a campanha à reeleição do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse esperar que os “maus políticos” citados na Operação Lava Jato também sejam punidos.

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“A penalidade não pode ser apenas em cima de diretores”, defendeu. À CPI da Petrobras, o ex-diretor lembrou que os balanços auditados não foram capazes de captar as irregularidades na estatal. “Espero que nunca mais aconteça”, afirmou. Ao responder ao relator Luiz Sérgio (PT-RJ), Costa negou que a corrupção tenha sido institucionalizada na Petrobras.

“Os problemas foram pontuais”, acrescentou. Costa contou que foi chamado pelo então vice-governador do Rio de Janeiro, Fernando Pezão, e pelo secretário Régis Fichtner para dar apoio financeiro à campanha à reeleição de Cabral. O ex-diretor levou algumas empresas ao encontro dos peemedebistas e revelou que o objetivo era que arrecadar R$ 20 milhões para Cabral.

Questionado sobre a destruição das gravações das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras, Costa disse que sabia que havia gravações, mas não tinha informações sobre a destruição dos áudios. No caso da compra da refinaria de Pasadena, o ex-diretor disse que se a presidente do colegiado à época, Dilma Rousseff, fosse contra o negócio, a compra não teria sido efetivada.

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