O coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho foi levado no início da noite para o Instituto Médico Legal, para exames, e seguiu depois para a carceragem da Polícia Federal. Amigo do presidente Michel Temer, o coronel foi preso na manhã desta quinta-feira, 29, na Operação Skala, investigação sobre suposto esquema de propinas a partir do Decreto dos Portos, editado pelo emedebista em maio de 2017.

continua após a publicidade

Lima saiu de casa, logo cedo, escoltado pela PF em uma ambulância porque passou mal durante as buscas dos agentes. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein, onde passou o dia todo. No início da noite, o coronel teve alta e foi levado ao IML, depois para a sede da PF em São Paulo.

continua após a publicidade

Lima está sob investigação como suposto intermediário de propinas para Temer, de quem é amigo há quase 40 anos.

continua após a publicidade

Segundo a PF, ele vinha se esquivando de prestar depoimento no inquérito da Operação Skala. Por três vezes, pelo menos, a PF tentou ouvi-lo, mas o coronel alegou problemas de saúde e não foi depor. Chegou a pedir para depor por escrito, o que a PF não aceitou.

Defesa

Os advogados Cristiano Benzota e Maurício Silva Leite refutaram enfaticamente as suspeitas de envolvimento do coronel João Baptista Lima Filho no suposto esquema de favorecimento a empresas do setor portuário em troca de propinas. “O sr. João Baptista Lima Filho refuta com veemência as acusações e afirma não ter qualquer participação nos fatos apurados no inquérito.” A defesa afirma que “o estado de saúde do sr. Lima é muito delicado e que o seu quadro médico tem sido periodicamente informado às autoridades”.