Convenção do PMDB vai para a esfera judicial

A convenção para eleger o novo diretório municipal do PMDB no próximo domingo já chegou à esfera judicial. O presidente estadual do PMDB, deputado federal Gustavo Fruet, ajuizou ontem uma medida cautelar para que a direção municipal do partido esclareça, entre outras coisas, como foi realizado o processo de recadastramento dos filiados. Gustavo também quer ter acesso a um livro ata onde foram registrados os filiados que compareceram ao partido para se recadastrar.

O presidente do diretório estadual disse que um dos objetivos da ação é garantir o direito de voto dos filiados que não se recadastraram no partido. De acordo com Gustavo, o estatuto do PMDB não prevê o mecanismo do recadastramento. E ainda que a exigência de renovação das filiações possa ter sido aprovada pela maioria do diretório, o presidente estadual do partido argumenta que o estatuto deve prevalecer sobre esta decisão. “O diretório não pode passar por cima do estatuto”, disse.

Gustavo observou que a chapa encabeçada pelo diretor-geral do Detran, Marcelo Almeida, que defende a candidatura própria do partido à Prefeitura de Curitiba, somente teve acesso à lista com os filiados aptos a votar nove dias antes da convenção. Já o outro grupo, do qual participa o atual presidente do partido, Doático Santos, está há pelo menos cinco meses com a relação dos filiados, comparou. “Não se pode aceitar um jogo desigual”, justificou o presidente estadual do partido.

Impugnação

A terceira chapa inscrita para disputar a convenção, intitulada “Movimento Democrático de Base”, poderá ser impugnada. Ontem, um dos integrantes da chapa procurou a direção municipal do partido para denunciar que não havia autorizado sua inclusão no grupo. A direção do partido foi verificar e constatou que a autorização para integrar a chapa existia, mas exibia uma assinatura falsificada. O episódio poderá resultar na impugnação da chapa, informou o presidente do partido.

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