O líder do PT na Câmara Municipal de Curitiba, vereador Adenival Gomes, está questionando a legalidade da prestação de contas da Prefeitura de Curitiba referente ao exercício de 1999. Um dos principais pontos contestados é com relação às contas da Urbs, que segundo o vereador não constam do relatório enviado ao poder Legislativo. “A exigência de análise pelos vereadores das contas do Fundo Municipal de Urbanização e da Urbs é clara na legislação em vigor”, afirmou. “No entanto, assim como aconteceu em 2002, os papéis relativos à empresa não são enviados à Câmara.”
A Urbs, empresa responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo e pela fiscalização de trânsito em Curitiba, integra a administração indireta da Prefeitura. Em novembro do ano passado, a maioria dos vereadores aprovou as contas da Prefeitura de Curitiba relativas a 1998 e 2000, também referentes ao primeiro mandato do prefeito Cássio Taniguchi (PFL). Por considerá-las incompletas, a bancada petista votou contra.
Na ocasião, questionado por Adenival Gomes a respeito da ausência das contas da Urbs, o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, transferiu a responsabilidade pelo não envio dos dados para o Tribunal de Contas (TC) do Estado. Para o líder do PT, a relutância em tornar públicas essas informações é uma atitude suspeita: “A ausência das contas da Urbs contraria a legislação e revela a existência de uma caixa-preta na Prefeitura”, avaliou Gomes. “Vamos discutir, em conjunto com a nossa bancada, qual medida tomar para que o acesso a essas contas seja público.”