O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (12) duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) contra a Resolução 22.610/07, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que disciplinou a fidelidade partidária. Mas, independentemente da decisão dos ministros, que tendem a ratificar o texto do TSE, o Congresso se movimenta para criar regras mais frouxas para o troca-troca partidário.

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Parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco acreditam que a decisão do Supremo não deve ter influência no debate. No máximo, ajudará a acelerar a
aprovação de uma lei tratando sobre o tema. Tramitam no Congresso atualmente
26 projetos que tratam da fidelidade partidária.

Algumas dessas proposições estão esquecidas nas gavetas das comissões desde
o início da década de 1990. Mas os parlamentares apostam suas fichas em uma
iniciativa mais recente para abrir ?janelas? e permitir a troca de um partido por outro mesmo durante o mandato, prática proibida ano passado pelo STF e pelo TSE.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 124, de 2007, de autoria do deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), abre um intervalo de 30 dias para uma nova filiação
partidária. O parlamentar, por exemplo, poderia trocar de partido no mês de
setembro do terceiro ano de mandato, antes das eleições. Dessa maneira, quem
mudar de legenda não será punido.

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De acordo com projeto, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
e que está pronto para ir a Plenário, os políticos podem mudar de partido
desde que fiquem na mesma circunscrição eleitoral. Um vereador, por exemplo,
não poderia sair de sua agremiação política, entrar em outra e buscar uma
vaga na Câmara dos Deputados.