A sessão da Câmara de São José dos Pinhais de ontem acabou mais cedo por causa da confusão provocada pela discussão sobre a possível instauração da CPI da Saúde. A medida foi tomada pelo presidente da Casa, Assis Manoel Pereira (PSDB), quando populares que assistiam à sessão se exaltaram com o comentário do vereador Antonio Rubens Salton (PSD), o Toninho da Farmácia.
O comentário foi feito após o líder do governo, Walder Mulbak (DEM), ler a carta da prefeitura. “A carta não continha nenhuma informação esclarecedora sobre o assunto em discussão. Por isso, houve manifestação em repúdio, contida pelo presidente. Mas logo em seguida, Toninho afirmou que quem deveria ser alvo de CPI são os funcionários públicos, que não querem trabalhar, o que causou mais indignação”, relata o presidente da Associação de Moradores do Riacho Doce, Fabrício Tambolo.
Irregularidades
A proposta da CPI surgiu após o vazamento do parecer preliminar do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que aponta irregularidades na contratação de empresas pelo município na prestação de serviços na área de saúde. Segundo o parecer, entre 2009 e 2011, a prefeitura teria beneficiado empresas de mesmo proprietário, Paulo Fernandes Bitello, em contratações de caráter emergencial, mesmo não sendo, para que houvesse dispensa de licitação. O prejuízo aos cofres públicos seria de R$ 5 milhões. Além de Imar Augusto (PSB), assinam o requerimento pela CPI os vereadores Sylvio Monteiro Neto (DEM), Mari Temperasso (PSDB) e Gastão Vosgerau (PSDB). Falta uma assinatura para o pedido ser votado em plenário.