Comitê em Defesa do Petróleo protesta em Curitiba

Representantes de sindicatos, políticos e estudantes participaram ontem de manhã, na Boca Maldita, no centro de Curitiba, de manifestação contra a sexta rodada de licitações de áreas de exploração de petróleo, marcada para os dias 17 e 18 de agosto no Rio de Janeiro. O argumento dos manifestantes é que a licitação vai permitir a entrega de até 6,6 bilhões de barris de petróleo a multinacionais. Contra isso, o Comitê em Defesa do Petróleo Brasileiro exige a suspensão imediata do leilão e a realização de um plebiscito oficial para que o brasileiro decida o destino de suas reservas petrolíferas.

Segundo o presidente do Sindipetro-PR, Anselmo Ernesto Ruoso Júnior, o comitê deve participar do ato que o MST pretende liderar no Rio de Janeiro, no dia do leilão, como já participou de manifestação de quinta-feira, que resultou na entrega de um carta dirigida ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef.

Ontem, durante o ato na Boca Maldita, o comitê prosseguiu com a coleta de assinaturas em abaixo-assinado contra o leilão. A intenção é continuar recolhendo assinaturas até terça-feira. A Federação dos Petroleiros tem ação civil pública contra o leilão tramitando na Justiça, assim como o governador Roberto Requião (PMDB) ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade – Adin – contra a medida no Supremo Tribunal Federal.

O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Natálio Stica (PT), que estava presente ao evento, disse que sua expectativa na reversão do leilão repousa exclusivamente nas ações judiciais. Ele admite que a mobilização popular começou tarde demais para alcançar os objetivos desejados, mas considerou fundamental marcar presença contra a entrega de reservas nacionais a empresas estrangeiras, “dando força ao governo Lula para que modifique essa política”.

Também participaram do ato na Boca Maldita a deputada federal Clair Martins (PT) e os vereadores Ademival Gomes (PT) e Pedro Paulo (PT), entre outras lideranças políticas.

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