Comissão quebra sigilo do Banestado

Brasília – A Comissão parlamentar de Inquérito que investiga a evasão de divisas por meio das contas CC5 aprovou a quebra de sigilo do Banestado, devendo requisitar a base de dados eletrônicos do banco referente ao período de 1996 a 2002. Aprovou, também, a quebra de sigilo das contas CC5 dos bancos Araucária, Bemge, Banco do Brasil e Banco Real. Foi aprovada, também, a convocação do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco que, em 1996, quando era diretor da Área Internacional do BC, assinou ato permitindo que esses cinco bancos fizessem operações de remessa ao exterior de valores superiores da R$ 10 mil (na época, valor equivalente a US$ 10 mil) pelas contas CC5.

A CPI aprovou, ainda, o cronograma de depoimentos para este mês. Serão convidados especialistas e técnicos de vários órgãos que têm relação com remessa de dólares e investigação dessas operações. Amanhã, serão ouvidos especialistas do BC; no dia 8, técnicos da Receita Federal e do Conselho de Atividades Financeiras (Coafi); dia 10, especialistas dos Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça; no dia 15, técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU); dia 17, especialistas da Polícia Federal que trabalharam na investigação de contas CC5; dia 24, procuradores da República em Foz do Iguaçu (PR) e, dia 29, o delegado José Castilho Neto, da PF, e os procuradores da República Luiz Francisco de Souza, Walquíria Nunes, Raquel Branquinho e Celso Três, que também estão investigando o caso.

Trabalhos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o escândalo do Banestado iniciou ontem suas atividades. Estavam previstos os depoimentos dos policiais que investigaram, no Paraná, a evasão de mais de R$ 30 bilhões em divisas para paraísos fiscais.

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