Em reunião interna realizada ontem, a CPI do Porto de Paranaguá definiu uma agenda de trabalho para os próximos dias. Uma sessão foi marcada para segunda-feira (29), às 9h, da sala das comissões da Casa. Serão convidados para depor o delegado de polícia José Roberto Jordão, que presidiu inquérito policial sobre a denúncia de sumiço de 1.586 toneladas de soja em grão do Porto de Paranaguá no ano passado; o engenheiro da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – Appa-, André Luiz Chapaval dos Santos, o ex-diretor técnico da Appa, Ogarito Linhares, os diretores da empresa Cattalini Terminais Marítimos Ltda., Renato Cattalini e José Manoel Chaves, Paulo Paiva, da Uninave Marítima e Comercial Ltda., e o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Adriano Vidal.
Durante a reunião de ontem, o presidente da comissão, deputado Valdir Rossoni (PSDB), relatou aos demais membros que o assessor jurídico da comissão, Jeferson Abade, teria sofrido ameaças por parte do superintendente da Appa, Eduardo Requião, quando lá esteve na véspera, em busca de documentos requeridos pela CPI. O assunto acabou sendo levado à sessão plenária da Assembléia, à tarde, quando foi abordado na tribuna pelo próprio Rossoni e pelo deputado Antônio Anibelli (PMDB).
Rossoni também manifestou estranheza em relação a recontratação da empresa carioca Bandeirantes, responsável pela dragagem do Canal da Galheta. Motivo de grande polêmica no ano passado, o contrato feito no governo anterior foi questionado tanto pelo valor quanto pelo critério de reajuste, atrelado à variação do dólar.