Reunião em Maringá para o
lançamento de André Vargas.

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Em meio ao bombardeio nacional, o PT do Paraná deu a largada ontem para a disputa interna ao diretório estadual, no processo de eleição direta que será realizado em setembro. Amanhã, dia 20, vence o prazo para a inscrição de chapas ao diretório estadual. Ontem, lançaram suas candidaturas o atual presidente do partido no estado, deputado estadual André Vargas, e o líder da bancada do PT na Assembléia, deputado Tadeu Veneri. Mas até amanhã, outros nomes podem ser inscritos, como o deputado federal Dr. Rosinha e o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Callefi.

Vargas, que tem o apoio da tendência Unidade na Luta e Estrela da Gente, apresentou sua candidatura à reeleição em Maringá. No grupo de apoio a Vargas estão o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o senador Flávio Arns, o presidente da Itaipu, Jorge Samek, o prefeito de Londrina Nedson Micheletti, e os deputados estaduais Luciana Rafagnin, Angelo Vanhoni e Natálio Stica e os deputados federais Dilto Vitorassi, Assis do Couto e Irineu Colombo.

Veneri foi lançado em Curitiba por grupos independentes, ligados aos movimentos social e sindical, às correntes minoritárias Ação Popular Socialista e Brasil Socialista e o mandato da deputada federal Clair da Flora Martins. Nacionalmente, os grupos que sustentam a candidatura de Veneri apóiam o ex-deputado Plínio da Arruda Sampaio, um dos sete nomes que estão disputando o comando do diretório nacional com o atual presidente, José Genoino, que tem o apoio de Vargas.

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Tanto em Maringá, como em Curitiba, os petistas se manifestaram sobre a crise que balançou o partido a partir das denúncias do deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que resultou na saída do ministro José Dirceu da Casa Civil. Em Maringá, o discurso foi de união e de exaltação do governo Lula. Em Curitiba, o tom foi de críticas à atual direção partidária, mas também de defesa do PT e sua história.

 ?É hora de mostrar a união do Partido dos Trabalhadores e que este processo de eleição interna possa reafirmar a democracia e a ética que fazem parte da nossa história?, afirmou Vargas. Já o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo não pode parar e que não vai inibir as investigações.

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Em Curitiba, Veneri disse que há uma tentativa de desconstrução do PT, capitaneada pelas forças conservadores, mas que também há erros de uma cúpula partidária que precisa ser afastada e dar lugar aos grupos que não se desviaram dos princípios originais do partido. ?O PT é maior do que suas figuras e nós queremos reeleger o Lula, mas com um programa de esquerda e não esse que está em vigor agora?, afirmou o deputado.

No manifesto de lançamento da candidatura, os apoiadores de Veneri sustentam que a atual direção se perdeu na lógica da governabilidade a qualquer custo e levou o partido à crise atual, ao abrigar inimigos históricos e reprimir as críticas internas.