O Ministério Público Federal classificou nesta quinta-feira, 11, a Petrobras como “vítima” do esquema de corrupção revelado na Operação Lava Jato. O fato, porém, terá pouco peso nas ações coletivas movidas por investidores contra a estatal nos EUA. Eles acusam a empresa de prejudicar os acionistas ao emitir papéis na bolsa de Nova York sem alertar sobre os desvios na companhia.

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“Não acredito que essa declaração tenha qualquer efeito nas ações coletivas nos EUA, mas a Petrobrás deve trabalhar esse argumento a seu favor”, disse o professor de direito societário do Ibmec José Eduardo Cavalcanti.

Para o advogado André Almeida, do escritório norte-americano Wolf Popper LLP, autor da ação coletiva movida por acionistas contra a estatal no Tribunal Federal de Nova York, ao contrário do que propõe o Ministério Público no Brasil, nos EUA a Petrobrás jamais será considerada vítima por atos de corrupção de ex-funcionários.

“Nos EUA a companhia não tem o direito de errar. Não pode deixar de observar regras de governança corporativa”. As ações de investidores deverão correr paralelamente à tentativa da Petrobrás de ser ressarcida por corruptos e corruptores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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