O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP) recebeu um ‘não’ do convite que fez para o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para presidir o Partido Solidariedade no Estado.

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Diante da recusa, Paulinho pediu que Cid indicasse uma pessoa para assumir o partido no Ceará. Cid encaminhou o pedido para o presidente estadual do PPS, o seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Pereira.

Paulinho foi recebido em almoço nesta terça-feira, 3, no Palácio da Abolição, sede do Governo, em Fortaleza, pelo governador. Almoçaram com eles o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado José Albuquerque (PSB); o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB); Alexandre Pereira; o presidente da Força Sindical no Ceará, Raimundo Nonato; e o secretário executivo de Cidadania de Fortaleza, Hebert Lobo. Eles saíram do almoço sem falar com a imprensa.

O almoço de pouco mais de uma hora teve um cardápio não revelado pelo Palácio. Mas a conversa versou sobre as eleições de 2014. Cid agradeceu o convite, mas disse que não sai do PSB.

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Antes do almoço, ao participar da abertura do Seminário Nordestino Agropecuário, Cid Gomes afirmou que iria receber Paulinho “como um gesto de cortesia ao deputado que visita o Ceará, mas nada tem a ver com entendimento político. Receberei o Paulinho por cortesia, por atenção. É uma pessoa que tenho uma boa relação há muito tempo. Paulinho apoiou a candidatura do Ciro a presidente da República uns anos atrás, foi pessoa muito importante na aliança que o PPS fez com o PDT na época”. Paulinho foi vice-presidente na chapa do Ciro em 2002.

Cid destacou que não cogita deixar a sigla apesar de ter “opinião discordante em relação a segmentos do partido”. “Não sou candidato a nada, então, não tenho nenhuma angústia, nenhuma aflição partidária” e completou: “Vou ficar no PSB, vou lutar no PSB, para defender o que penso, com a humildade de reconhecer ou, se for o caso, de tomar uma posição distinta”.

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PSDB

O governador assinalou que “pessoalmente discorda de qualquer acordo ou possível aliança entre PSB e PSDB para as eleições 2014”. Segundo ele, que é presidente estadual do PSB, a sigla deve se aliar a partidos “progressistas”, como o PT e PDT.

Para ele, o “Brasil tem a grosso modo, em uma visão, me perdoe, até simplória, um grupo de progressista na política; um conservador; um fisiológico, que pouco importa com ideologia, quer estar próximo de qualquer governo; e um extremamente radical, que nunca pensa em ser governo, porque é sempre oposição a tudo. Defendo que nós (PSB) estejamos no grupo dos progressistas, daqueles que defendem a necessidade de o País avançar, de ser mais democrático”.