Chinaglia espera resposta de Genro sobre filmagem

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta quinta-feira (1) que está à espera da resposta do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre o episódio de suposta filmagem da Polícia Federal na Casa, durante investigação na chamada Operação Santa Tereza, que apura esquema de desvio de recursos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Chinaglia defendeu a realização das investigações, mas destacou a necessidade de se preservar o espaço público. "O primeiro direito é do povo brasileiro de usar as dependências da Câmara", afirmou. "A Câmara sempre colaborou com investigações", acrescentou.

"Ali nunca houve a hipótese de se permitir a entrada da Polícia Militar", afirmou Chinaglia, durante a festa de 1º de Maio, promovida pela CUT-SP no autódromo de Interlagos. "Se depender de mim, a polícia primeiro deve cumprir seu dever, e se quiser entrar, tem que comunicar antes", afirmou.

Os detalhes da investigação na Câmara foram revelados pelo jornal O Estado de S.Paulo, na edição do último dia 27. Segundo o jornal, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, ex-presidente da Força Sindical, foi monitorado pela operação da PF nos corredores da Câmara. Como na manhã de 13 de fevereiro, uma quarta-feira, quando federais disfarçados o filmaram acompanhado de João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do parlamentar na Força. Conforme o Estado de S. Paulo, relatório reservado da polícia mostraria que o deputado e seu amigo teriam sido filmados na Câmara.

Na última segunda-feira (28), Chinaglia disse que a PF não pedira autorização à direção da Câmara para filmar e fotografar Moura, nem fazer qualquer tipo de investigação nas dependências da Casa.

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