Chefe da Appa virou persona non grata em Paranaguá

A Câmara Municipal de Paranaguá, aprovou, em sua sessão de terça-feira, requerimento do vereador Carlos Roberto Frizoli (PTB) que declara o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio de Oliveira, persona non grata no município.

O vereador baseou seu requerimento em compromissos assumidos pelo superintendente em visita à Câmara em agosto do ano passado e que até agora, passados 180 dias da visita, não foram cumpridos.

Por nove votos a favor e apenas um contrário a Câmara aprovou o requerimento que aponta, entre as promessas não cumpridas a remoção das famílias que residem Vila Becker (área de risco próxima aos terminais de álcool do porto), a construção de um novo silo público e de uma câmara frigorífica na beira do cais e melhorias no acesso ao terminal, além de outros compromissos.

“Ele pediu para vir à Câmara em agosto do ano passado explicar os projetos do porto. Abrimos o espaço e ele anunciou uma série de melhorias. Cento e oitenta dias se passaram e nada foi feito. Por isso aprovamos o requerimento”, disse o presidente da Câmara Municipal de Paranaguá, vereador Antonio Ricardo dos Santos (PP).

A assessoria de imprensa da Appa emitiu nota dizendo que a manifestação de parte dos vereadores de Paranaguá não reflete a realidade. A nota diz que “as mudanças na estrutura do porto de Paranaguá são visíveis e, constantemente, têm merecido manifestações favoráveis por importantes atores da comunidade portuária”.

E cita investimentos como o de remodelação e ampliação do cais, e o de reestruturação e ampliação do Pátio Público de Triagem de Caminhões, que já foram homologados pelo governador e somam R$ 104,5 milhões.

“As obras do novo silo público graneleiro que terá investimento de aproximadamente R$ 45 milhões também já estão sendo licitadas”, explica a nota.

A assessoria da Appa também informou que a relocação dos moradores da Vila Becker está em andamento. Segundo a Appa, 32 famílias que estavam na área de maior risco já foram retiradas para imóveis alugados e a construção de cerca de 400 moradias já está sendo licitada.