Cássio diz que pesquisas vão definir sua posição

O prefeito Cássio Taniguchi (PFL) disse ontem que as pesquisas de intenções de votos, quantitativas e qualitativas, serão seu guia na escolha do candidato que terá seu apoio para disputar a sucessão municipal do próximo ano. Taniguchi repassou o cargo ontem ao vereador e 1.º vice-presidente da Câmara Municipal, Fábio Camargo (sem partido), que exercerá interinamente a função até terça-feira (dia 3).

Taniguchi vai ao Japão e aos Estados Unidos, de onde retorna apenas no dia 10. A partir de terça-feira, quem assume é o vice-prefeito Beto Richa (PSDB), que também viajou ontem para o Chile, onde participa de um encontro sobre políticas urbanas, mas retorna na próxima segunda-feira. O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB) está em licença médica.

Camargo é um dos nomes que o PP (partido ao qual se filia na segunda-feira) planeja apresentar como pré-candidato à Prefeitura. A outra opção do partido é o vereador Ney Leprevost. Ontem, Camargo disse que nunca tinha pensado em concorrer à Prefeitura até ser beneficiado pelo que chamou de “conspiração” que o levou ao cargo, ou seja, o impedimento dos substitutos imediatos de Taniguchi. “O universo conspirou a nosso favor”, afirmou o prefeito em exercício de Curitiba, reproduzindo citação do escritor Paulo Coelho. “Antes pensava em ser vereador. Agora, sentindo o ´gostinho´ do poder, posso analisar a possibilidade de me candidatar a prefeito ou a vice”, disse.

Para Taniguchi, ainda é muito prematura a discussão sobre nomes para a sua sucessão. “Isso só será definido depois das pesquisas, das reuniões, das discussões. Não é o momento para se falar nisso. Vamos ter que aguardar os acontecimentos”, desconversou o prefeito. Entretanto, ele admitiu que outros partidos já estão avançando nas negociações. “Todo ano eleitoral é assim. Fala-se muito antes, mas as decisões são tomadas bem mais próximo da eleição.”

O prefeito disse também que o PFL tem preferência pelo lançamento de candidatura própria. A composição com o PSDB, segundo Taniguchi, é uma orientação nacional do PFL que será seguida com Curitiba com uma variante. “O partido que estiver melhor colocado nas pesquisas lança o candidato. Estamos seguindo essa orientação”, disse o prefeito, que não quis comentar se manterá essa linha na condução do processo eleitoral na hora de fechar seus acordos políticos.

Funcionários terão aumento de 6%

Antes de viajar ontem para o Japão, o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL), antecipou que a reposição salarial dos servidores públicos municipais será de 6, 09% em média. Segundo o prefeito, o reajuste será dividido. Metade será pago em julho e a segunda parte em dezembro. “Seria uma irresponsabilidade se fosse maior”, afirmou o prefeito. No final da tarde, a assessoria do prefeito divulgou que a mensagem propondo o reajuste já está na Câmara Municipal.

Taniguchi classificou como uma manifestação de “meia-dúzia” a cobrança dos servidores, que no início da semana realizaram um ato público em frente à prefeitura, reclamando o cumprimento de uma promessa da campanha de 2000, quando prometeu reajustar os salários em 10%. “Foram só membros do sindicato e não há motivo para isso. Nós já tínhamos aberto o diálogo e o mês de maio sempre é a data em que tratamos da questão dos salários. Já havíamos até constituído uma comissão para tratar do assunto”, disse.

Segundo Taniguchi, a capacidade financeira da prefeitura não permite fixar um reajuste maior que 6%. “Este ano, dadas as condições de dificuldades da economia e a necessidade de ficarmos dentro da Lei de responsabilidade fiscal não temos condições de ir além disso. É o quanto suporta o orçamento”, afirmou.

O prefeito afirmou que algumas categorias de servidores municipais já foram contempladas com reajustes maiores do que o teto estabelecido agora. Segundo Taniguchi, a aprovação pela Câmara Municipal dos planos de carreira, cargos e salários do magistério, guarda municipal e atendentes infantis resultaram em reposições superiores a 6%.

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