O jornalista Carlos Moraes, filiado ao PRTB, ainda não desistiu de ser o oitavo candidato a prefeito de Curitiba. Em outubro do ano passado, quando estava no PSC e era cotado para ocupar uma cadeira na Câmara, o comunicador foi convidado a ingressar no PRTB para disputar a eleição majoritária. Embora Moraes fosse o pré-candidato do partido ao Executivo, na última hora, o diretório municipal acertou coligação com a chapa encabeçada por Gustavo Fruet (PDT), que tem também PT e PV. Diante disso, ele iria concorrer a vereador.
Porém, a legenda foi excluída do chapão para a eleição proporcional. “Pelo PT e o PV, tudo bem, mas o PDT não aceitou minha vaga”, conta Moraes. Pelos cálculos do PRTB, ele tinha potencial para fazer cerca de 7 mil votos, mas se fosse candidato a vereador sozinho, precisaria de mais de 20 mil votos. “Como para vereador já fui defenestrado, vou tentar a candidatura própria para prefeito”, revela. Como vice-presidente do diretório municipal, pedirá à executiva que se posicione sobre a questão. “O presidente fez o acordo sem ouvir ninguém. Mudaram a regra do jogo aos 45 do segundo tempo. Cadê a isonomia e a democracia?”, questiona.
Filiação
Mesmo sem nenhuma candidatura, o presidente do partido, Nivaldo Ramos, que já trabalhou com o deputado federal Wilson Picler (PDT), manteve o apoio a Fruet. “Conversei com a executiva nacional e resolvemos apoiar o Fruet até porque o Carlos (Moraes) está sub judice”, alega. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve julgar esta semana processo sobre a dupla filiação partidária do jornalista. “O relator deu parecer favorável a mim, porque já existe jurisprudência”, comenta Moraes. “Não sabemos qual será a decisão do juiz. Se estivesse com a filiação em dia, poderia tentar a prefeitura”, rebate Ramos.
Segundo ele, “Fruet tem projetos de mudança para Curitiba, ao contrário dos outros candidatos, que têm projetos pessoais. Estamos muito felizes e não tem sentido criar desarmonia na coligação”. O dirigente do PRTB cita que o candidato pedetista encampou o projeto do Aerotrem defendido pelo presidente nacional da sigla, Levy Fidelix.