Carga tributária é mote da oposição em eleição municipal

Quando se colocaram contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), os principais partidos de oposição – DEM e PSDB – não imaginavam que ali estavam cevando um discurso para as eleições municipais de 2008. A luta congressual contra a CPMF virou campanha pela redução da carga tributária e o governo, na semana passada, ainda lhes deu um reforço providencial, ao decretar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). ?Até fins de março, pelo menos, o mundo político só vai falar de aumento da carga tributária?, comemora o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

E fim de março já é começo da campanha municipal. Rodrigo Maia prevê que o DEM vai enfatizar, na campanha, a redução da carga tributária e engatar no argumento a discussão sobre a justeza dos impostos que o cidadão paga (no caso, o IPTU e o ISS) e os serviços e benefícios que recebe. Essa, diz, será a fórmula para inflamar o debate sobre a boa gestão pública. ?Se o tema estiver aquecido até o começo da campanha – e deverá estar – não tem como dissociar uma coisa da outra?, replica o prefeito Gilberto Kassab (DEM), de São Paulo, pronto para se encaixar no enredo como candidato à reeleição.

O deputado Edson Aparecido (SP), vice-presidente do PSDB, afirma que a luta pela redução da carga tributária se encaixa com perfeição na campanha municipal, mas lembra que o tema brotou com força na campanha presidencial do candidato Geraldo Alckmin em 2006. ?À época, esse discurso se encaixou na expectativa da sociedade mais bem informada e agora ficou muito mais atual e popular por causa da extinção da CPMF, que a sociedade reconhece como obra da oposição?, observa.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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