Candidatura de Rocha Loures encorpa no PMDB

A três dias da convenção do PMDB, o deputado estadual Reinhold Stephanes Junior desistiu da disputa e anunciou seu apoio ao deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que concorrerá à indicação com o professor Carlos Augusto Moreira Junior.

Stephanes Junior afirmou que Rocha Loures tem um perfil mais moderado e poderá aglutinar mais votos que ele na convenção, que será realizada no Clube Literário, no próximo domingo, 15.

Apesar do favoritismo de Moreira, apoiado pelo governador Roberto Requião, que influencia o voto da maioria dos convencionais, Stephanes Junior acha que Rocha Loures poderá surpreender na votação do próximo domingo.

Ele contestou os números apresentados pelo presidente do diretório do PMDB, Doático Santos, que contabiliza 95 dos 113 votos para Moreira. ?Deixa eles falarem. Depois, vamos comparar os resultados?, desafiou.

Stephanes Junior acusou o governador de pressionar os convencionais durante uma reunião realizada na noite da sexta-feira passada, 6, no diretório estadual do PMDB. ?A maioria dos convencionais têm cargos de confiança no governo e a palavra do governador pesa?, disse o deputado.

O presidente do Conselho Político do PMDB, deputado Alexandre Curi, disse que o governador convocou a reunião para incentivar o partido na disputa à prefeitura. ?Não houve nenhum enquadramento. Foi uma reunião com todo mundo, inclusive estava lá o deputado Rocha Loures. O Requião ainda brincou com ele, dizendo que ele iria perder a convenção?, contestou Curi.

Stephanes Junior disse que a vitória de Moreira na convenção será a derrota do PMDB na eleição em Curitiba. ?O Moreira é como rabo de cavalo, cresce para baixo. A Gleisi, do PT, é fraca. Seria um passeio para o Beto Richa?, atacou.

Primeiro turno

Para o vice-presidente estadual do PMDB, Luiz Claudio Romanelli, o PMDB deveria buscar uma aliança com o PT, PC do B e PV já no primeiro turno da eleição. Romanelli disse que sua posição não tem partidários internos, mas que há algum tempo vem insistindo que as forças desse campo deveriam se compor em torno de uma única candidatura.

Romanelli avalia que a composição entre estes partidos proporcionaria as condições para articular os movimentos social e sindical em torno de um nome. ?Se estivessem juntos, esse diálogo fluiria mais. E isso seria importante porque a eleição é decidida em Curitiba pelo movimento popular?, afirmou.

Mas as chances de uma união no primeiro turno são poucas, admite Romanelli. ?Há muitos egos e vaidades neste processo. E dificilmente, iria se superar isso em favor de uma grande composição?, afirmou o dirigente peemedebista.

Ele acha também que a experiência malsucedida de 2004, quando PT, PMDB e PC do B fizeram aliança já no primeiro turno e perderam a eleição para Beto Richa (PSDB), está contribuindo para a rejeição à mesma fórmula este ano. 

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