Aos domingos, o Paraná Online publica propostas dos principais candidatos ao governo

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Depois de apresentar o que pretendem fazer nas áreas de segurança, saúde, educação, trabalho e políticas sociais nas páginas de O Estado do Paraná, os candidatos mostram o que planejam para a agricultura.

OSMAR DIAS – 12 – PDT

O Paraná é berço da maior cooperativa agrícola da América Latina. Uma grande corporação que tem como sócios pequenos agricultores que, unidos, tornam-se grandes. São 350 mil famílias, quase 1,5 milhão de pessoas, que vivem da agricultura familiar, que deve ser prioridade absoluta.

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Queremos transformar nosso Estado numa grande cooperativa, em todas as áreas, principalmente na agricultura. Promover a agroindustrialização e programas de diversificação nas pequenas propriedades, com a fruticultura e olericultura.

Desenvolver programas voltados para aumento de renda dos produtores, com integração das cadeias produtivas e foco no desenvolvimento agroindustrial com maior valor agregado.

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Vamos criar o Paraná Agroindustrial, de apoio às agroindústrias com sustentabilidade.

Quando fui secretário da Agricultura, criamos o Panela Cheia, programa precursor do Trator Solidário, porque o produtor pagava o financiamento de máquinas e equipamentos em produto, a chamada equivalência-produto. O Trator Solidário deve atender mais de 320 mil agricultores até o fim de 2010, financiando tratores e equipamentos. Queremos ampliá-lo.

Criar consórcios municipais para aquisição de máquinas para readequação de estradas e outras obras que os municípios sozinhos não conseguem realizar.

Garantir condições para que o Paraná obtenha o status de área livre da aftosa sem vacinação e ampliar a parceria entre o governo e a iniciativa privada na gestão da rede de defesa agropecuária.

A sanidade animal pode ser um grande diferencial para ganhar mercados e para isso precisamos investir na rastreabilidade dos rebanhos e na certificação das propriedades. Vamos criar o Instituto de Sanidade Animal e Vegetal para dar mais eficiência a essa prioridade.

Capacitar agricultores familiares; construir alianças mercadológicas; organizar cadeias produtivas. Vamos apoiar a floricultura e a produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares; a produção de leite, a piscicultura, o café adensado e a produção de oleaginosas para biodiesel.

Ampliar florestas para produção de madeira e incentivos ao sequestro de carbono.

Fortalecer os consórcios intermunicipais para aquisição e gerenciamento de patrulhas rodoviárias destinadas à adequação das estradas rurais.

BETO RICHA – 45 – PSDB

Competitividade das cadeias produtivas do agronegócio.

Criar a Agência Paraná de Desenvolvimento. Criar um fórum permanente de representação política do setor para elaborar um plano diretor e estratégico.

Instituto de Sanidade Agropecuária: competitividade aos produtos paranaenses. Manutenção do estado sanitário do Programa Nacional de Sanidade Avícola, principalmente em relação à gripe aviária e à doença de New Castle.

Ênfase ao Programa Nacional de Combate e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.

Vitalizar o combate à raiva dos herbívoros, com controle sistemático da população de morcegos hematófagos.

Crédito para construção de armazéns. Ampliar a capacidade de armazenagem de grãos em mais 2,6 milhões de toneladas.

Intensificar linhas de pesquisa para atender às demandas da agricultura familiar, inovação e difusão de produtos derivados da biotecnologia.

Fortalecer cooperativas de carne, com ações relacionadas ao abate, novas plantas frigoríficas, salas de desossa, cadeia de frio, estruturas de embalagens a vácuo, cortes di,ferenciados, carnes processadas e logística para o mercado consumidor. Apoiar a retenção de matrizes, melhorar os índices de natalidade e reativar o programa de inseminação artificial. Linhas de crédito para melhorar pastagens, suplementação alimentar e mineral e melhoramento genético.

Sistema de certificação e rastreabilidade de carne de qualidade. Selo de qualidade Carne Paraná e ações de marketing da carne paranaense nos mercados internacionais.

Profissionalização de gestores, com intercâmbio técnico e cooperação internacional para o desenvolvimento do mercado. Ampliação e implantação de novas unidades atacadistas no interior do Estado.

Reestruturar a política de acesso a alimentos básicos a famílias de baixa renda, adequando o modelo do programa Armazém da Família de Curitiba. Reformular a atual política do Banco de Alimentos, destinada à assistência alimentar. Ampliar a compra pública de alimentos oriundos da agricultura familiar.

Regularizar mil propriedades e ratificar 53 mil propriedades em faixa de fronteira.

Redefinir e implementar uma política de acesso a terra.

60 consórcios intermunicipais para política de estradas rurais sustentada, com patrulhas mecanizadas nos municípios.

PAULO SALAMUNI – 43 – PV

Recuperar áreas degradadas para o pasto e para culturas agrícolas adaptáveis ao empobrecimento do solo. Créditos adicionais para pequenas propriedades, via implantação de crédito agrícola ampliado e mais consistente que o atual Fundo de Aval, contra quebra de safra ou queda acentuada de preços. Continuidade do Trator Solidário.

As atuais propostas de mudança no Código Florestal desagradam o PV, que propõe diálogo de produtores rurais e forças ambientalistas para que linhas de pesquisa científicas agreguem valor ao produto e compensem a manutenção da mata em pé. Implantação do programa REDE-A (Remuneração do Desmatamento Evitado-Ampliado) para todos os agricultores, não só indígenas ou descendentes de escravos.

Reestruturar a Codapar e a Claspar. A Emater e o Iapar terão incentivo para recuperar áreas degradadas. O ITCG, vinculado à Sema, vai receber atenção para contratar servidores, recompor ferramentas modernas de informática e treinar para a amplificação da regularização fundiária.

Desenvolver a agricultura orgânica. A produção expressiva de hortifrutigranjeiros, em cinturões verdes das cidades paranaenses, será foco de política agrária do Estado.

Programa Mão de Obra no Campo: capacitar o trabalhador rural, utilizando mecanismos como colégios agrícolas, cooperativas, arranjos produtivos locais e assentamentos.

LUIZ BERGMANN – 50 – PSOL

A política agrícola do PSOL, colocando o ser humano e a natureza no centro das preocupações, visa resolver os graves problemas sociais dos pequenos agricultores e dos trabalhadores do campo. Dois eixos orientam nossas propostas: reforma agrária e políticas de estímulo para dar vida digna ao camponês.

O governo deve usar as terras devolutas e improdutivas existentes no Paraná para fazer o assentamento dos sem terra e dar terra aos filhos dos pequenos produtores e às comunidades tradicionais (quilombolas e indígenas). O governo do PSOL apoiará os movimentos sociais do campo nas ocupações de terras improdutivas e devolutas, como forma de promover justiça e paz no campo.

Para que a agricultura camponesa seja econômica e ecologicamente sustentável, e para a garantia da soberania alimentar, vamos incentivar a agroecologia, preservar as sementes crioulas, com crédito e contratação de técnicos especializados pelo estado para auxiliar os camponeses.

Aumentar a compra de alimentos da agricultura familiar para as instituições públicas e criar redes de comércio justo e de economia solidária para garantir a comercialização da produção. Criar espaços para armazenage,m, como forma de estocar os alimentos e desenvolver políticas de segurança alimentar.

Criar cursos superiores de agronomia nas universidades estaduais, ou adequar os existentes, direcionados à produção agroecológica e à agricultura camponesa.