Eleições

Candidatos a prefeito gastaram R$ 6 milhões

Os candidatos à Prefeitura Municipal de Curitiba já gastaram, juntos, cerca de R$ 6 milhões desde o início da campanha, em julho. De acordo com a 2.ª etapa da prestação parcial de contas apresentada pelos partidos e candidatos à Justiça Eleitoral na última semana, o prefeito Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, foi quem mais gastou até agora, R$ 2,53 milhões. Quem mais arrecadou foi Gleisi Hoffmann (PT), que  ainda tem em caixa pouco mais de R$ 1 milhão dos R$ 3,23 milhões que já teve de receita.

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Carlos Moreira está no vermelho.

Segundo as informações prestadas pela campanha de Beto Richa à Justiça Eleitoral, o tucano arrecadou, até agora, R$ 2,97 milhões, tendo como principais despesas a produção do programa de rádio e televisão (R$ 720 mil) e a publicidade por materiais impressos (R$ 531 mil).

Beto gastou, ainda, R$ 323,8 mil com pessoal e 129,5 mil em combustível. Sua principal fonte de receita foi a doação de pessoas jurídicas (R$ 2,4 milhões). Beto apresentou, no início da campanha, uma previsão de gastos de R$ 9 milhões.

Gleisi Hoffmann, que arrecadou R$ 1,8 milhões em doações de pessoas jurídicas e outros R$ 700 mil do Fundo Partidário do PT, entre outras receitas, gastou R$ 2,20 milhões até agora. As principais despesas foram as mesmas de seu adversário.

A petista gastou R$ 600 mil com a produção do programa de rádio e TV e 443,8 mil em publicidade por materiais impressos. Alimentação (R$ 307,3 mil) e pessoal (182,7 mil) também estão entre os maiores gastos de Gleisi. A campanha petista estipulou R$ 13 milhões como limite orçamentário para a campanha.

Átila Alberti
Gleisi foi quem mais arrecadou.

O ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira (PMDB), gastou, até agora, mais do que arrecadou. Com receitas de R$ 894 mil, a campanha do peemedebista já contabilizou despesas de R$ 1,069 milhão.

A produção do programa eleitoral e o pagamento de pessoal foram os maiores gastos do candidato. O teto do PMDB para a campanha de Moreira é de R$ 10 milhões.

Essas três campanhas estão bem mais caras em relação às demais. Apesar de ter declarado um limite de gastos de R$ 14 milhões, o maior entre todos os prefeituráveis, Fábio Camargo (PTB) não gastou nem R$ 100 mil até agora. R$ 30 mil em publicidade em jornais e revistas e R$ 24 mil em publicidade em materiais impressos foram as maiores despesas dentro dos R$ 99,2 mil gastos pelo deputado.

Maurício Furtado (PV) gastou os R$ 50 mil que arrecadou até agora. As despesas do candidato ainda não foram especificadas. Bruno Meirinho (PSOL) arrecadou R$ 22,7 mil até o momento, tendo gasto R$ 20,6 mil. A maior despesa (R$ 10 mil) foi com a realização de evento para promoção da candidatura.

Ricardo Gomyde (PCdoB) declarou ter gasto apenas R$ 7,1 mil dos R$ 13,3 mil que arrecadou. Grande parte da despesa, R$ 6,6 mil, foi usada para custear a publicidade por material impresso. A prestação de contas do candidato Lauro Rodrigues (PTdoB) ainda não estava disponível no sistema do Tribunal Superior Eleitoral.

Campanha na capital é uma das mais caras

Se não está entre as campanhas mais quentes e disputadas do Brasil, a disputa pela Prefeitura de Curitiba pode ser considerada uma das mais caras. Das prestações de contas disponibilizadas até ontem pelo TSE (os dados dos principais candidatos de São Paulo ainda não estavam acessíveis), apenas dois candidatos às prefeituras das principais capitais brasil,eiras declaram despesas superiores às duas campanhas mais caras da capital paranaense.

Somente Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), candidato em Salvador, e Eduardo Paes (PMDB), no Rio de Janeiro, gastaram mais que Beto Richa e Gleisi Hoffmann até o momento. ACM Neto já gastou R$ 2,9 milhões e Paes, R$ 2,7 milhões.

Em cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre, que têm número de eleitores semelhante ao de Curitiba, nenhum candidato atingiu os R$ 2,2 milhões gastos por Gleisi. Quem mais aproximou-se foi Márcio Lacerda (PSB) de Belo Horizonte, que gastou R$ 2,1 milhões. Em Porto Alegre, os principais candidatos gastaram, em média, R$ 700 mil cada.

Vereadores

No sistema do TSE também é possível acessar a prestação de contas dos candidatos a vereador. Três candidatos a vereador de Curitiba já arrecadaram mais de R$ 100 mil: Luiz Felipe Braga Cortes (PSDB) R$ 139,1 mil; Caco Almeida (PSB) – R$ 112,6 mil; e Jair Cezar (PSDB) – R$ 110,9 mil.

Os outros dois candidatos que mais arrecadaram até agora são Sabino Picolo (DEM), que já tem R$ 62,9 mil na conta, e Mario Celso Cunha (PSB), com R$ 61,1 mil.